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Paralisação Estadual em MG
"Os trabalhadores, por via de um plano de lutas, podem derrotar Zema", diz Flavia Valle no 7N
Redação Minas Gerais

Entrevistamos Flavia Valle, professora da rede estadual e militante do Nossa Classe Educação, que está nas atividades da paralisação estadual contra o Regime de Recuperação Fiscal nessa terça-feira. Como derrotar os ataques de Zema?

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Flavia Valle na primeira atividade da paralisação estadual, na ALMG

Esquerda Diário: Flavia, estamos aqui na Audiência Pública na Assembleia Legislativa e às 14h nesse mesmo local haverá uma Assembleia Unificada com uma manifestação. Quais são as expectativas desses espaços?

Flavia Valle: Ainda estamos por ver o quanto a paralisação estadual se expressa em força real aqui no pátio da ALMG mais tarde. Nas escolas, o nosso sindicato não fez uma construção desde as bases que fosse capaz de transformar a paralisação em si numa mobilização forte aqui, justamente no dia e horário que o governo Zema quer avançar com a votação do RRF, um ataque começou com o golpista Michel Temer na presidência.

Demais categorias de trabalhadores estão paralisadas hoje e é necessário a nossa mais ampla unidade na luta para barrar o RRF hoje, inclusive com estudantes que também estão paralisados, como escrevi no Editorial do MRT-MG com o estudante de História da UFMG Pedro Gronga.

ED: Você se refere à aposta que as direções sindicais deveriam fazer na autoorganização de trabalhadores e estudantes como sujeitos dessa luta?

FV: Exatamente, e isso não é um mero detalhe, mas a única forma de efetivamente derrotar os ataques de Romeu Zema. A estratégia parlamentar em si que o PT leva à frente (e convoca paralisações e mobilizações nas principais direções sindicais de MG para fomentar essa estratégia, onde o "campo de batalha" é a ALMG) significa ter ilusões de que parlamentares de partidos que apoiaram o golpe institucional e até mesmo do partido de Bolsonaro (como Sargento Rodrigues) são nossos aliados.

Esta é parte de uma corja da direita e extrema direita que aprovou as reformas e que atentam no dia a dia contra nossos direitos democráticos. A política de conciliação de classes, ao gerar ilusões de que com a direita podemos avançar, nos leva apenas a um beco sem saída de mais ataques a nossos direitos, como bem vimos em nossa greve da educação ano passado.

ED: E qual seria a estratégia para vencer?

FV: A paralisação é importante, mas temos dito que dias esparsados de paralisação, em que a base dos trabalhadores não discutem os próximos passos e nem quais são as formas mais efetivas de lutar, não nos levam à vitória. Temos que nos organizar desde as bases nos nossos locais de trabalho e estudo, com comitês de base unindo trabalhadores da educação, da COPASA, da CEMIG, estudantes da UFMG, da UEMG e secundaristas, articulando nossas ações para colocar esse governo de extrema direita contra a parede.

Essa seria uma força capaz de mostrar que somos os trabalhadores junto com a população os que podem derrotar Zema. Precisamos exigir das direções sindicais um plano de lutas unificado para a derrubada do RRF, o que passa também por lutar contra o Arcabouço Fiscal do governo Federal que fortalece Zema e outros governadores de extrema direita como Tarcísio que está atacando duramente os trabalhadores e os serviços públicos em SP.

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