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Uma polêmica se abriu no congresso da CSP-Conlutas: nossa central deve ou não se aliar às burocracias sindicais. A resposta para essa pergunta parece óbvia, dado que nos propomos um polo independente dos governos - e portando dos pilares que sustentam o governo Lula-Alckmin - e que atue pela democracia de base, fazendo com que cada trabalhador possa se expressar e decidir os rumos da nossa classe.
No entanto, o que vimos nesse congresso foi o PSTU fazendo malabarismo para justificar sua aliança com a Articulação (PT) no SindUTE-MG, um dos maiores sindicatos da educação em todo o país. Lá, o PSTU ao invés de construir a oposição à burocracia sindical, se uniu à chapa de articulação e deixou milhares de professores órfãos de uma oposição anti-burocrática em seu sindicato.
Questionado no congresso da Conlutas, o PSTU responde que é preciso enfrentar Zema e que é possível "sangrar a burocracia por dentro", dando a entender que se trata de uma "tática ousada" que busca combater a burocracia se aliando - pasme! - a ela própria. Nada mais distante da realidade.
Como disse Claudionor Brandão, militante do Nossa Classe e diretor do SINTUSP, no terceiro dia do congresso "não basta cantar que não é capacho do governo federal aqui e se aliar com a burocracia que sustenta esse governo no movimento operário. As burocracias não são capachos, mas sim os verdadeiros pilares do governo que impedem que os trabalhadores lutem contra todos os ataques e sustentaram o governo anterior, uma vez que travaram a luta pelo fora Bolsonaro."
É nesse sentido que nós do Movimento Nossa Classe defendemos que a CSP-Conlutas precisa ter total independência política e de classe e é necessário rechaçar qualquer aliança feita com as burocracias sindicais!
Confira os dois vídeos abaixo onde Brandão e Vivi falam sobre a atuação das burocracias no movimento operário:
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