imagem: Fernando Frazão/Agência Brasil
A refinaria de Mataripe, responsável pelo abastecimento da Bahia e outros estados no nordeste, registrou os maiores preços do diesel na semana passada, por R$7,66 o litro.
Em meio à crise econômica e à inflação que Guedes e Bolsonaro respondem com a sua política de ataque aos trabalhadores, a privatização coloca os preços dos combustíveis nas mãos do mercado financeiro e nos dos interesses dos grandes capitalistas nacionais e estrangeiros, influenciando diretamente o preço de todos os bens de consumo e precarizando ainda mais a vida dos trabalhadores e do povo pobre. A refinaria de Mataripe é exemplo das consequências nefastas da privatização, pois foi a primeira privatizada da Petrobrás, vendida para Acelen, empresa criada pelo fundo árabe Mubadala.
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O estado costumava registrar os preços mais baixos do diesel, mas com a privatização está entre os 8 preços médios mais caros do país em 72% das pesquisas. Enquanto os trabalhadores encaram uma situação de fome ou não conseguem pagar pelo gás de cozinha, o ministro Adolfo Sachsida, bolsonarista indicado pelo presidente à pasta de Minas e Energia para continuar a política de desmonte da Petrobrás, entrega um estudo de privatização da estatal, colocando a nível nacional cada vez mais a possibilidade de preços absurdos, demissões e milhares de famílias na miséria.
Por outro lado, Lula está longe de propor uma alternativa que combata os altos preços e leve até o final o problema da inflação que assola os brasileiros. Sem tocar no assunto de reverter as privatizações e a política de submissão ao imperialismo e ao capital financeiro, Lula e o PT não tem um programa concreto de reestatização e a colocada da Petrobrás sob o controle dos trabalhadores, muito menos com a sua aliança com a direita reacionária que é simbolizada por Geraldo Alckmin, que tem seus próprios interesses financeiros nos altos preços, antagônicos aos da classe trabalhadora.
Por isso, nós do MRT levantamos a necessidade de lutar pela reversão imediata de todas as privatizações e por uma Petrobrás 100% estatal sob controle dos trabalhadores com controle popular, derrubando os aumentos feitos na pandemia e congelando os preços nos valores anteriores à crise sanitária, sem indenizar os grandes bancos e fundos de investimento bilionários. Essas demandas precisam ser exigidas através da organização e mobilização dos trabalhadores em unidade com os setores oprimidos, com um plano de luta construído pelas centrais sindicais.
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