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Em cinco Estados - Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Pernambuco e Paraná - foram registrados óbitos pela doença. Houve mortes pelo influenza também em Alagoas, mas ainda não se sabe o subtipo do vírus. Especialistas relacionam a alta de casos à baixa cobertura da vacina contra a gripe este ano, por causa da pandemia de covid. A alta da doença também foi registrado em São Paulo, Pará, Amazonas e Rondônia.
Segundo a Secretaria da Saúde do Estado de São Paulo, o registro é de 50 óbitos por influenza de janeiro até 10 de dezembro deste ano. No total, houve 665 casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) por influenza. A pasta não informou os subtipos do vírus. No ano passado todo, houve 713 casos e 54 mortes. Conforme a Secretaria, os dados são preliminares, já que desde o dia 9 de dezembro os sistemas federais de informação, incluindo o Sivep Gripe, estão indisponíveis, o que prejudica a atualização das estatísticas estaduais.
Pelo menos 74 pessoas ficaram doentes e duas morreram após serem infectadas pelo vírus da influenza A H3N2 no Espírito Santo, dados da Secretaria Estadual da Saúde (SESA). A pasta diz que ainda não há confirmação de que se trata da nova cepa Darwin que já circula em outros Estados. É esperado o resultado do sequenciamento genético das amostras enviadas à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Na Bahia teve duas mortes pelo vírus do subtipo H3N2. Os casos se concentram na capital, Salvador, onde o número de pessoas doentes saltou de 170 para 238 nos três últimos dias. Do total, 209 casos são do H3N2.
Em Pernambuco, o governo confirmou anteontem a primeira morte por influenza A H3N2 na capital, Recife. O Estado já totaliza 43 casos da doença, sendo oito deles considerados graves.
Alagoas confirmou uma alta de casos e mortes pelo vírus da gripe. Este ano, até dezembro, são 21 casos confirmados e três mortes, contra só oito casos e uma morte em 2020. A Secretaria da Saúde diz que ainda não foi identificado o subtipo que causou os óbitos.
No Paraná, a Secretaria de Saúde confirmou na última segunda-feira uma morte pelo influenza H3N2. O Estado já contabiliza 20 casos.
Os diferentes governos capitalistas, ao se depararem com a problemática epidemiológica, sempre consideram como central o fator econômico, isso evidencia que a preocupação não é com o conjunto da população, e sim com os lucros dos grandes grupos econômicos ligados à Saúde.
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