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Na cidade de São Félix do Xingu, localizada no sul do Pará, um capitão da reserva, Raimundo Pereira dos Santos Neto, ordenou a reconstrução de uma estrada que passa por dentro do território indígena Apyterewa, do povo Parakanã, sem consulta prévia, como previsto em lei. O ataque se deu em conluio com o prefeito da cidade, João Kleber e com o governador do estado, Helder Barbalho, ambos do MDB.
A finalidade da invasão às terras é de construir uma via de escoamento que beneficiará os latifundiários da região, que já se apropriam de terras indígenas homologadas.
Raimundo Neto, é um dos 19 militares que tomaram a Funai (Fundação Nacional do Índio) por cargos indicados por Bolsonaro e generais, reflexo da militarização dos órgãos públicos durante o mandato de Bolsonaro. Posicionados para atacarem o povo pelas próprias instituições, essa é mais uma parte do projeto Bolsonaro de favorecer os capitalistas agrários que assassinam e roubam os povos indígenas do país. Como ilustraria bem o ex-ministro do meio ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles, aproveitar todas as chances e todas as brechas para “passar a boiada”.
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Em meio ao acampamento indígena em Brasília (DF), com uma forte demonstração de força de diversos povos originários contra a criminosa tese do Marco Temporal, com manifestações, também, em diversas cidades pelo país, tal ataque só demonstra a necessidade de organização e solidariedade em torno das questões indígenas e de preservação da cultura originária e do meio-ambiente, frente aos recorrentes ataques, potencializados nos últimos anos no bojo do governo Bolsonaro, um governo que serve aos latifúndios, ao genocídio indígena e ao desmatamento das florestas nacionais.
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