Luiz e sua esposa, Dirlene, também de 61 anos, já haviam tomado a primeira dose no mesmo quartel da zona oeste do Rio de Janeiro, também com camisas críticas a Bolsonaro. Desta vez suas camisas diziam “A segunda dose da vacina nos livra da covid-19. O que nos livrará do Bolsovírus será o impeachment ou seu voto em 2022.”
Na fila, ambos foram barrados por um soldado que trazia o aviso autoritário do seu comandante, dizendo que não haveria vacina para quem vestisse roupa ou carregasse cartaz com conteúdo político. Luiz afirma que logo pensou “e se fosse a favor do Bolsonaro?”.
Luiz teve que virar a camisa do avesso e Dirlene trocou por outra para poderem receber a segunda dose! Sobre esse caso repugnante de autoritarismo e censura, Luiz disse:
“Me senti na adolescência, quando vivemos na ditadura. Naquela época, a censura era extremamente violenta e as liberdades completamente cercadas. Foi uma volta negativa no tempo e uma violação dos nossos direitos.”
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