Del Caño é deputado federal pelo PTS na Frente de Esquerda e dos Trabalhadores (FIT). Um revolucionário que rapidamente se tornou a principal personalidade da esquerda argentina por sua ligação com a luta dos trabalhadores e e por representar uma esquerda independente tanto do governo que se diz “progressista” de Cristina Kirchner como da oposição de direita neoliberal.

No primeiro turno das recentes eleições presidenciais na Argentina, frente a uma forte polarização entre os principais candidatos da burguesia e um fortalecimento de setores de direita, Nicolás superou 800 mil votos (3,23%, proporcionalmente o dobro de Luciana Genro no Brasil). A melhor votação da esquerda desde a redemocratização em 1983, com mais de 1 milhão de votos para deputados, convertendo a FIT na quarta força política nacional.

São votos que mostram que camadas significativas dos trabalhadores, das mulheres e da juventude estão dispostos a batalhar nas ruas contra o ajuste que aplicará o candidato que vença no segundo turno, no qual a FIT chama voto em branco ou nulo, como um começo da preparação para resistir aos ataques que virão.

A novidade para a esquerda mundial é que Del Caño não é somente um fenômeno eleitoral como outros que surgem, é fruto de uma força social de trabalhadores e jovens que se constrói nas principais lutas do país e que agora ganha peso em setores minoritários de massa no terreno eleitoral.

Por isso, a esquerda argentina deixa lições fundamentais para enfrentar a crise no Brasil, onde os ataques em curso colocam a necessidade de uma esquerda revolucionária que responda na luta de classes e seja uma alternativa política frente à crise do PT. Essa é a batalha do MRT e do Esquerda Diário.

E também:

Diana Assunção

Dirigente do MRT e diretora do Sindicato de Trabalhadores da USP

28/11, sábado, 15:00

LOCAL: Sindicato dos Metroviários

O Estado de S. Paulo entrevista Nicolás Del Caño, principal personalidade da esquerda argentina

O tema o resultado eleitoral e a política da FIT no 2º turno. Trata-se da grande imprensa e a burguesia brasileira reconhecendo a importância da figura de Del Caño, o que a esquerda ainda não fez.