A adolescente, uma das 12 feridas, afirma que foi agredida por um policial militar na madrugada de domingo. A estudante de 17 anos levou 50 pontos no rosto, além dos diversos hematomas e inchaços, inclusive nas costas, onde diz ter sido agredida com cacetete.
A moradora da Zona Oeste de São Paulo diz ter ido ao baile com o namorado, e está traumatizada segundo a mãe. De acordo com relatos a afirmou que a filha teria sido atacada ao tentar ajudar outra jovem que estaria caída no chão e era chutada por um PM.
“Ela afirmou foi ter ouvido bombas atiradas pela PM e também tiros de balas de borracha”, disse a mãe.
Esses relatos começam a aparecer após o massacre cometido no baile do DZ7, em Paraisópolis (um dos maiores bailes funk do país), que causa dor e revolta, onde nove vidas foram interrompidas e dezenas de feridos são vítimas da repressão de um Estado racista e assassino. Toda essa revolta é intensificada devido as declarações do governador de São Paulo, Doria, dizendo que PMs serão "preservados" e irá garantir impunidade aos policiais do massacre de Paraisópolis. Existem também indícios de que os jovens foram asfixiados até a morte e não pisoteados como afirmam os policiais.
Isso demonstra como se trata de uma política de repressão do Estado racista e não um acidente como tentam mostrar. Exigimos a apuração do caso e que as investigações sejam acompanhadas e fiscalizadas rigorosamente por representantes dos direitos humanos, movimentos sociais e organismos da classe trabalhadora para que os policiais envolvidos não sejam acobertados.
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