O ato das mulheres contra Bolsonaro em Porto Alegre teve sua concentração no Parque Farroupilha (Redenção) e começou às 15h. Dezenas de milhares de mulheres trabalhadoras, trabalhadores, jovens e manifestantes passaram pelo ato.
O ato das mulheres contra Bolsonaro em Porto Alegre teve sua concentração no Parque Farroupilha (Redenção) e começou às 15h. Dezenas de milhares de mulheres trabalhadoras, trabalhadores, jovens e manifestantes passaram pelo ato. Esse ato que ocorreu em várias cidades do país, acabou sendo canalizado pelo petismo e fez na manifestação em Porto Alegre um palanque eleitoral, e fizeram o ato virar um tipo de “festa”, com atrações artísticas e sem nenhuma combatividade.
O ato em Porto Alegre expressou o que já havíamos apontado, que o caminho desenhado pelo uso da hastag #EleNão, desviou toda a discussão de combate a extrema direita para uma impotente estratégia eleitoral, fortalecendo a ideia de que contra Bolsonaro vale qualquer “mal menor” nas eleições, que no momento significa #HaddadSim.O ato também teve a presença de grupos do PDT, fazendo campanha a Ciro Gomes, que no ato de São Paulo, contou com a presença de sua candidata a vice, Kátia Abreu, a “Motosserra de Ouro”, amigas do agronegócio e inimiga das mulheres ao ser contra a legalização do aborto e que as mulheres continuem morrendo devido a abortos clandestinos.
O grupo de mulheres Pão e Rosas que esteve presente na concentração, se somou com o ato. Foi realizada uma roda de conversa junto a Val Muller, candidata a Deputada Estadual pelo MRT no Rio Grande do Sul, e debatendo que o ódio a Bolsonaro e o combate à Extrema Direita não pode ser feita junto com a conciliação do PT com a direita golpistas e o programa de Haddad de um Pacto Nacional com os partidos burgueses, e garantindo aos capitalistas que irá seguir o plano de ajustes e ataques contra a classe trabalhadora, Para seguir com o pagamento da dívida pública, onde é saqueado 50% do orçamento público da União que deveria ser destinado para atender as demandas e necessidades da população.
Não iríamos nos juntar ao PT em seu palanque eleitoral, que transformou o ato em um Festival sem nenhuma linha combativa. É com esses elementos que se caracterizou também no ato de São Paulo que contou com a participação de Manuela D’Ávila, vice de Haddad, que em seu Twitter, chamando para os atos, disse que era o momento de todas as pessoas de todos os partidos e ideologia de se unirem contra Bolsonaro. Deixando claro que sua política de unificação com a direita e os partidos dos patrões. Além de contar com a presença dos golpistas como a candidata Marina Silva, que usou o ato em São Paulo como parte de sua agenda oficial de campanha. E Ana Amélia, vice candidata de Geraldo Alckmin, e amiga dos latifundiários do Rio Grande do Sul.
O Pão e Rosas chama as mulheres a seguir lutando contra Bolsonaro e a extrema direita sem ser massa de manobra da política petista de conciliação com os golpistas escravistas, defendendo uma saída anticapitalista para que sejam os patrões aqueles que paguem pela crise.