Djimy Coesmeus é trabalhador do frigorífico BRF em Chapecó e foi agredido pelos seguranças da unidade em seu próprio local de trabalho.
segunda-feira 19 de julho de 2021 | Edição do dia
Imagem: Reprodução
Segundo relato à Folha, Djimy foi chamado no intervalo pelo supervisor para assinar uma advertência por não ter ido trabalhar, mesmo tendo cumprido o expediente. Recebeu ordem para voltar para casa mas se recusou, o que causou a agressão dos seguranças.
Djimy foi imobilizado por três seguranças, um deles com o joelho nas suas costas. O vídeo disponibilizado pela Folha mostra outros trabalhadores intervindo e tentando tirar o segurança de cima do trabalhador.
O sindicato dos trabalhadores da indústria de alimentos de Chapecó planeja um ato ainda essa semana. O presidente do sindicato, Jenir Ponciano, afirmou: “Não dá pra deixar passar isso. A gente não quer esse tipo de agressão, trabalhador nenhum deve ser tratado dessa forma”.
Esse caso é mais um retrato da violência que sofrem trabalhadores imigrantes e negros todos os dias em seus próprios locais de trabalho e expostos ao abuso do poder de seus patrões.
O racismo estrutural é constantemente reforçado pelo sistema capitalista e, junto ao governo racista de Bolsonaro e Mourão que faz crescer os casos de racismo no Brasil, é responsável pela violência policial e patronal que desrespeita e ameaça as vidas de trabalhadores a favor do lucro.
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