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Autoritarismo | TSE autoritário atende pedido de campanha de Bolsonaro e censura site e redes petistas

A ministra do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Maria Claudia Bucchianeri determinou nesta segunda (19) a retirada do ar do site “verdadenarede.com.br”, de páginas nas redes sociais e de canais de Telegram e Whatsapp ligados à página.

terça-feira 20 de setembro de 2022 | Edição do dia

Segundo o G1, a ministra atendeu a um pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PL). A campanha alega que o site - que o G1 também aponta que é indicado como um dos sites oficiais da campanha do ex-presidente Lula -, as páginas nas redes sociais e os canais de mensagens fazem propaganda eleitoral para Lula, usando linguagem de agências de checagem de notícias.

A ministra disse: "No caso concreto, no entanto, ao contrário da transparência, da lealdade e da boa-fé, vislumbro deliberada construção do sítio para dar a falsa aparência de uma agência independente e neutra de checagem de fatos, com a consequente submissão do usuário e da usuária à propaganda eleitoral sem seu conhecimento, seu consentimento ou mesmo sem sua filtragem ideológica".

O TSE, pela via do ministro-presidente Alexandre de Moraes, vem sendo parte de uma repactuação com Bolsonaro e o bolsonarismo, especialmente pelo peso estrutural de concessões aos militares sobre a apuração das urnas, garantindo a tutela desse setor nas eleições. O TSE aprovou reformular a análise de até 64 das 640 urnas eletrônicas que passam pelo teste de integridade no dia de votação. Esse grupo de até 10% das urnas auditadas será acionado com a biometria de eleitores. O uso da biometria é um pedido das Forças Armadas.

Veja também: Militares arrancam concessões do TSE para aumentar participação arbitrária na apuração

Desde o dia 11 de agosto, juristas, empresários e banqueiros estiveram unificados lançando cartas supostamente em "defesa da democracia", mas na realidade expressam que não querem dar nenhuma margem de desestabilização do regime político herdeiro do golpe institucional de 2016 que aprovaram ataques à classe trabalhadora, aos setores oprimidos e ao povo pobre, como a reforma trabalhista.

Para combater o autoritarismo do Judiciário, que se desenvolve desde o golpe de 2016, mas também com o STF prendendo e prescrevendo Lula em 2018, assim como a tutela dos militares, Bolsonaro, a extrema-direita e os ataques, é necessária a unidade dos trabalhadores, setores oprimidos e povo pobre, sem aliança com a direita, como Alckmin.

Nesse sentido, é necessário ressaltar que é preciso superar a conciliação de classes de Lula e do PT, que se aliam com Alckmin, e que fortalecem hoje o judiciário, comemorando a entrada de Alexandre de Moraes na presidência do TSE, mas que também fortaleceram durante os seus anos de governo esse poder que nem eleito é.

Um programa sério da esquerda que se opõe à conciliação com a direita e os militares “democráticos” defendida pelo PT deve repudiar essa interferência do judiciário de forma veemente, e exigir a abolição de todos os privilégios materiais dos militares de alta patente, suas pensões vitalícias, os altos salários, etc., o fim dos tribunais militares e a realização de todos os julgamentos por júri popular, ligado à abolição da Lei da Anistia de 1979 com a punição de todos os responsáveis civis e militares pelos crimes de Estado durante a ditadura militar.




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