O relatório dos militares foi entregue ontem ao TSE. Nele não há nenhuma afirmação taxativa de que houve fraude, mas ao mesmo tempo deixa em aberto sobre possíveis fraudes.
quinta-feira 10 de novembro de 2022 | 13:09
Rechaçamos a ingerência militar nas eleições de 2022 que têm o apoio do TSE e STF. Desde o resultado do 1º turno, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes vem dialogando e mantendo acordo com os militares para que eles viabilizassem o relatório sobre as eleições fortalecendo essa tutela absurda dos militares sobre as eleições. A ingerência dos militares vem se aprofundando e o relatório sobre o processo eleitoral vem para fortalecer ainda mais a tutela criminosa dessa instituição golpista nas eleições.
Segundo o relatório, “não é possível afirmar que o sistema eletrônico de votação está isento da influência de um eventual código malicioso que possa alterar o seu funcionamento”. Essa afirmação deixa em aberto possíveis fraudes, justamente porque os militares têm a intenção de seguir tendo peso na tutela no processo eleitoral, ao mesmo tempo em que deixar no ar possíveis questionamentos sobre as urnas, acenam para base bolsonarista dura que em última instância sai sem nenhuma vitória em suas ações e movimentações golpistas. Ao mesmo tempo, o relatório afirma indiretamente que a apuração dos boletins de urna com os resultados foi a mesma, reconhecendo indiretamente a legitimidade das eleições.
Nesse cenário, é possível que Bolsonaro possa se apoiar nessas “suspeitas” que o relatório deixa em aberto para manter sua localização golpista de questionamento das urnas ao mesmo tempo que também sua base mais radical coesa. O judiciário não quis aumentar a polêmica aberta pelos militares e agradeceu as sugestões enviadas pelo Ministério da Defesa o que só mostra que há uma colaboração e tutela ainda maior dos militares em acordo com o STE e STF.
