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Assédio na educação | Professora é demitida em escola após aluno reclamar de aula sobre exclusão das mulheres

Professora dava aula sobre iluminismo e as concepções de Adam smith e a exclusão das mulheres nessa época. Sob muita pressão da família depois reclamar sobre a aula, a escola demitiu a professora.

terça-feira 23 de agosto de 2022 | Edição do dia

O caso ocorreu no dia 18 de Março deste ano, em uma escola particular de Porto Alegre. O aluno interrompeu a aula sobre iluminismo e exclusão das mulheres nessa época (tema recorrente no ENEM) com palavras misóginas. ’’ Onde tem mulher, só acontece merda’’, teria dito o aluno. A professora dava aula na escola desde 2019 e era formada em sociologia, pedagogia, e mestre, doutora e licenciada em história.

Ao proferir as palavras misóginas contra mulheres, o aluno foi convidado a se retirar da sala de aula. A família fez uma reclamação na direção, meses depois a professora foi demitida. O aluno também disse palavras em apoio ao Bolsonaro.

A professora alega que a demissão foi uma questão política, e que esse tipo de assédio aos professores sempre aconteceu e a escola nunca fez nada. Ela conta que, além de frases em alusão a Bolsonaro, o aluno usou de falas misóginas para se referir a ex-presidente Dilma Roussef.

Demitida política, ela ressalta os constantes assédios na escola por parte de alunos e pais, ao relatar que uma mãe a chamou de ’’feminista freireana’’. Essa medida é expressão da extrema-direita e do bolsonarismo, que persegue as mulheres e defende o escola sem partido para reprimir os professores. Também é a amostra que o bolsonarismo e a extrema-direita vão continuar ativos enquanto força social num possível governo Lula e que precisamos derrotá-los nas ruas, em luta, confiando nas nossas forças e sem alianças com a direita.




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