Silas, controlador de acesso do condomínio “Projeto Leste”, localizado na Vila Formosa, periferia da cidade de São Paulo, foi agredido fisicamente na noite de segunda-feira (8) por um morador e recebeu o descaso racista da polícia e da empresa Controll Service.
quarta-feira 9 de fevereiro de 2022 | Edição do dia
Silas, controlador de acesso do condomínio “Projeto Leste”, localizado na Vila Formosa, periferia da cidade de São Paulo, foi agredido na noite de segunda-feira (8) com uma violência completamente gratuita por parte de um morador, e recebeu o descaso racista da polícia e da empresa Controll Service em relação ao seu caso.
A agressão se deu após o morador pedir para que Silas verificasse se havia alguma correspondência em nome do morador. Quando o porteiro negou que houvesse, o morador não acreditou na palavra do trabalhador e invadiu a portaria para conferir, e pouco tempo depois agrediu fisicamente o porteiro com socos no rosto, braços e costelas. Silas teve que fazer exames de traumatismo por ter batido a cabeça no chão, e também tirar raio-x das costelas devido à violência que sofreu.
Não bastasse esse episódio lamentável, a situação foi recebida com descaso revoltante pela polícia e pela empresa aonde trabalha, demonstrando como a vida de um trabalhador negro vale muito pouco para eles.
A polícia foi acionada, e após demorar 1 hora para chegar ao local, disse que não poderiam fazer nada pois “não se tratava de crime”.
Tampouco a empresa Controll Service, para a qual Silas trabalha já a 3 anos, se colocou a disposição de qualquer apoio, pelo contrário. Em ligação, a empresa mentiu dizendo que enviaria apoio para que o porteiro fosse a delegacia, apoio esse que nunca chegou. Após esperar até 23:00 da noite, o trabalhador teve que ir à delegacia por meios próprios.
Na delegacia, Silas ouviu novamente que nada poderia ser feito sobre seu caso pois “não se tratava de crime”.
Nós do Esquerda Diário nos solidarizamos com Silas e nos colocamos a disposição para qualquer denúncia.
