O dado alarmante reforça a necessidade de uma resposta contundente do movimento de mulheres. É por isso que convocamos todas para a roda de conversa sobre o Feminismo Socialista do Pão e Rosas, que ocorrerá essa sexta às 16h na UFPE, sala B-11 do CCSA.
sexta-feira 19 de agosto de 2022 | Edição do dia
No primeiro semestre de 2022, o estado de Pernambuco amagará a cifra de um feminicídio a cada 4,5 dias. Tal estatística provavelmente colocará o estado entre os primeiros colocados no ranking de violência de gênero. Tal posição, inclusive é ocupada pelo estado há alguns anos, propiciando cenas brutais como vimos uma transexual sendo queimada viva no centro da cidade.
Por um lado o machismo e a misoginia são inflados diariamente pela extrema direita bolsonarista, com as declarações reacionárias de Bolsonaro, Damares Alves e agora também de Michelle Bolsonaro,, que entrou na campanha para reduzir a rejeição de Bolsonaro entre as mulheres. No âmbito local, tal papel fica a carga da asquerosa Clarissa Tércio, que organizou a manifestação reacionária na porta de um hospital para impedir o aborto de uma menina de 10 anos que havia sido estuprada..
Por outro lado, o candidato ao governo pelo PSB, Danilo Cabral – que tenta suceder o atual governador Paulo Câmara, tenta fazer demagogia com a questão da violência de gênero, principalmente nos palanques com Lula e seu reacionário vice Geraldo Alckmin, do mesmo partido de Danilo. No entanto, Danilo parece ignorar que seu padrinho Paulo Câmara é quem governa e é gestor desse estado com altíssimo índice de feminicídios e outras violências de gênero. Além disso, o PSB até hoje tem em suas fileiras Sérgio Hacker, marido de Sarí Corte Real, assassina de Miguel, filho de Mirtes – caso ocorrido na casa de Hacker onde ela trabalhava.
Dentre os casos de violência de gênero também se notabilizou recentemente um caso de assédio dentro da UFPE, onde um homem gravou uma mulher dentro do banheiro. O caso gerou imediatamente uma revolta. Frente a violência de gênero gritante em nosso estado, aceditamos que a saída é através de um forte movimento de ulheres, com independência de classe. É poir isso que chamamos a todas para a roda de conversa sobre o Feminismo Marxista, que ocorrerá sexta feira, na UFPE as 16h, no CCSA sala B-11.
