O Esquerda Diário se colocou desde seu surgimento à serviço da luta contra o golpe institucional de 2016 de forma independente do PT. Agora, nos colocamos à disposição de todos que rechaçam a diluição do PSOL com Alckmin e Marina, para debater como defender a maioria da população, os trabalhadores e o povo pobre, e quais devem ser as perspectivas da esquerda.
terça-feira 19 de abril de 2022 | Edição do dia
Estivemos, e estamos, na linha de frente do combate à Bolsonaro e a toda a nefasta extrema direita que, aplicando a agenda econômica do golpe, destroem direitos trabalhistas, impõem fome e miséria a milhões de pessoas.
A consolidação da escolha de Alckmin como vice-presidente é tão direitista que teve rechaço até mesmo em setores da base petista. Isso levou Haddad e outras referências petistas a tentarem defender essa política absurda de transformar um inimigo dos trabalhadores em "companheiro" e há um debate público de setores petistas contrários. O PT até adiou o lançamento oficial da chapa.
Nos setores que se colocavam à esquerda do PT, o PSOL era a principal referência para setores mais amplos. Mas a direção majoritária do PSOL adotou uma série de medidas de diluição na política do PT, e agora fará campanha para chapa com Alckmin e está fazendo uma Federação com a REDE. Mas também no PSOL surgiram setores críticos a essa política da maioria do partido de entrar na campanha de um inimigo dos trabalhadores, membro da reacionária Opus Dei.
Também entre setores que não são militantes do PSOL, entre setores que se colocam pela construção de uma alternativa à esquerda do PT, ativistas independentes, surgiram diversos setores críticos.
O Esquerda Diário se abre para todos estes companheiros e companheiras colocarem suas posições, nos colocando à serviço da batalha contra a diluição da esquerda com Alckmin e Marina Silva, para que a defesa da maioria da população, os trabalhadores e o povo pobre, se fortaleça contra essa política de abandonar uma perspectiva de esquerda em questões elementares. Essa proposta serve para que ativistas e/ou grupos críticos a esse rumo do PSOL possam publicar textos e reflexões em nosso site acerca desse tema e contribuírem para a construção de um caminho alternativo.
Inauguramos essa nova seção no site, com o nome de “Esquerda em Debate”, onde vamos colocar não somente as opiniões do MRT sobre os principais pontos em debate na esquerda brasileira, mas também outras opiniões.
Sobre essa proposta, Diana Assunção declarou:
“O Esquerda Diário, lançado em 2015, cresceu como referência na esquerda brasileira justamente na luta contra o golpe institucional, chegando a alcançar no auge dessa batalha 7 milhões de acessos em um mês. Essa posição sempre se combinou com uma política independente do PT, que abriu espaço para a direita com sua política de conciliação. A batalha por uma política de independência de classe, que só poderia ser contra o golpe, mas de forma independente do PT, foi a que faltou dentro do PSOL e na esquerda brasileira, que se dividiu essencialmente entre setores que se adaptaram ao petismo e outros ao golpismo, ainda que em níveis e formas distintas. Naquele momento, colocamos o Esquerda Diário a serviço das batalhas centrais que estavam colocadas pra esquerda brasileira e queremos disponibilizar novamente nosso instrumento para este papel, independente de divergências que possamos ter, queremos abrir nossa mídia para todos militantes do PSOL, do Polo Socialista Revolucionário, setores da esquerda e ativistas que queiram expressar suas posições críticas à adaptação ao pt que leva à essa diluição da esquerda brasileira com Alckmin e Marina Silva.”
