Veja declaração da professora Flávia Telles, militante do Quilombo Vermelho - Luta negra anticapitalista e do Nossa Classe Educação, chamando ao ato neste 13M.
quinta-feira 12 de maio de 2022 | Edição do dia
“Neste 13M, sairemos às ruas em Campinas, junto ao movimento estudantil e negro da Unicamp, para responder ao ataque de teor nazista e racista no Bar do Ademir. Essa corja da extrema direita é incentivada pelo racismo do governo Bolsonaro e Mourão, que odeia os trabalhadores, os negros, as mulheres, indígenas e LGBTs e querem fazer com que paguemos com nosso sangue e suor os lucros dos capitalistas.
Por isso, assim como sempre dissemos que o fim da escravidão não foi um presente de Princesa no 13 de Maio, e sim foi fruto da luta negra, dizemos agora que somente com a nossa luta vamos enterrar o bolsonarismo, essa força social racista. Esse é o caminho, sem conciliação ou confiança nas instituições desse regime podre.
A luta que os estudantes da Unicamp estão impulsionando em resposta ao ataque no Bar do Ademir não pode ser uma luta somente dos estudantes. Nós, professores, junto a outras categorias de trabalhadores, precisamos ser parte da resposta. Essa aliança é fundamental neste momento. Por isso, estamos chamando sindicatos, parlamentares de esquerda e movimentos sociais da cidade a enviarem representações ao ato.
Se colocamos de pé uma força social capaz de mostrar que não vão nos intimidar, isso poderia ser um impulso na luta por justiça a todas as vítimas também da violência policial racista, como os mortos na chacina de Jacarezinho. A polícia de Castro agora tenta apagar a memória dos assassinados pelas mãos dessa instituição, mas nós não apagaremos e também levantaremos o grito por justiça neste 13M.”
