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Campanha internacional | Nenhum passo atrás! Solidariedade internacional pelo direito ao aborto nos Estados Unidos

Veja abaixo e participe da campanha impulsionada pelo grupo internacional de mulheres Pão e Rosas com referentes feministas pelo direito ao aborto nos EUA,.

Pão e Rosas@Pao_e_Rosas

terça-feira 17 de maio de 2022 | Edição do dia

imagem de Isadora Romera

As abaixo assinadas, feministas e ativistas LGBT de diferentes países, nos solidarizamos com as mulheres que, nos Estados Unidos, estão hoje lutando pelo direito ao aborto seguro e gratuito. 

O voto da Corte Suprema dos EUA contra a sentença Roe vs Wade significará um retrocesso histórico contra o direito das mulheres e das pessoas com capacidade de gestar para decidir sobre seu próprio corpo. Algo que afetará especialmente as mulheres mais pobres, as mulheres negras, latinas e imigrantes. 

Já há alguns anos que organizações conservadoras e as Igrejas tentam liquidar este direito, ou o bloqueiam por diversas vias, em vários Estados. Agora querem ir um passo mais além, para proibir o direito ao aborto. Sabemos que o aborto clandestino só significa mais mortes de mulheres por abortar, e por isso o movimento de mulheres de todo o mundo segue exigindo: contraceptivos para não abortar, aborto livre e gratuito para não morrer. 

A responsabilidade deste ataque está agora na Corte Suprema, com maioria conservadora. As nove pessoas (seis homens e três mulheres) que conformam o máximo tribunal, e que não foram eleitos pela população, têm em suas mãos a decisão sobre a saúde e vida da maioria das mulheres e pessoas com capacidade de engravidar. O Partido Republicano já ataca este direito há muito tempo, como fizeram recentemente com a aprovação de uma lei muito restritiva no Texas. E Donald Trump converteu essa batalha reacionária em uma bandeira para sua campanha eleitoral. 

Mas se agora a Corte Suprema pode avançar com este ataque é porque o direito ao aborto nunca se transformou em Lei federal no Congresso dos Estados Unidos. Algo que o Partido Democrata se negou a votar cada uma das vezes que teve maioria legislativa. 

Não está somente em jogo o direito ao aborto para milhões de mulheres. A sentença reacionária por parte da Suprema Corte pode abrir caminho para avançar sobre outros direitos democráticos e da comunidade LGBT.

Feministas de diversos países nos últimos anos, nos mobilizamos na “Maré verde” da Argentina e da América Latina, pelo direito ao aborto na Polônia e na Irlanda, nas greves de mulheres e mobilizações contra a violência machista e homofóbica em muitos países. Porque sabemos que a única maneira de conquistar todos nossos direitos é com a mobilização nas ruas. 

O caminho é mostrado por centenas de milhares de mulheres e ativistas que se mobilizaram nos últimos dias nas cidades dos Estados Unidos cantando: “Meu corpo, minha escolha” e também “Não vamos voltar atrás”. A tendência à confluência entre este movimento pelo direito ao aborto e pelos direitos LGBT com os novos ativistas sindicais em empresas como Amazon e Starbucks pode ser muito potente. 

Por isso chamamos a uma ativa solidariedade internacional com as mulheres que se mobilizam nos Estados Unidos.

Assine aqui esse manifesto




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