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Ataque à educação | "Não há corte", mente ministro da Educação de Bolsonaro sobre confisco orçamentário nas federais

Ministro de Bolsonaro se pronunciou nesta tarde, diante de manifestaçõesde estudantes pelo país, mentindo sobre o confisco orçamentários em universidades e institutos federais. É urgente uma paralisação nacional construída em cada universidade e instituto federal, com assembleias de base, por um plano de luta contra os ataques à educação

sexta-feira 7 de outubro de 2022 | Edição do dia

Na tarde de hoje, o ministro da Educação de Bolsonaro, Victor Godoy, mentiu sobre o confisco orçamentários nas universidades e institutos federais, como pode ser visto em vídeo que circula na mídia e nas redes. O ministro disse: "Esses fatos que estão sendo noticiados, essas informações falsas de cortes, de confiscos e recursos na educação, isso não é verdade. O que aconteceu foi um decreto publicado no sábado que traz um limite temporário. Isso foi feito porque nosso governo tem responsabilidade fiscal. Não queremos fazer como no ano passado, que nosso governo gastou muito mais e afundou nosso país em dívida. Lamentamos o uso político que estão fazendo, que tem o objetivo de desgastar a imagem do governo que é sério e comprometido com os nossos recursos e com os impostos dos cidadãos brasileiros".

Uma grande mentira, já que 17 universidades que já temiam fechar desde antes desse confisco de mais de R$2 bilhões, agora os cortes ameaçam os gastos discricionários, o que significa demissões e cortes de luz, água e outras necessidades elementares de funcionamento das universidades, assim como o nao pagamento dos salários dos trabalhadores mais precários das universidades, em sua maioria mulheres negras, os trabalhadores terceirizados. Os cortes anteriores também se fizeram sentir nas bolsas para os estudantes, sem reajuste há praticamente dez anos, ou com casos de redução pela metade na disponibilização de bolsas de alimentação como ocorreu este ano na UFRN.

O ministro também mente sobre a responsabilidade com os trabalhadores e o povo pobre, que amargam com o desemprego e a fome, pela alta inflação.

Estudantes já respondem no país, com manifestação massiva na Bahia e também em Brasília.

Veja também: Estudantes da UFBA realizam grande manifestação contra confisco de verba de Bolsonaro

Só a luta de estudantes junto aos trabalhadores é que pode barrar o confisco e todos os ataques do governo Bolsonaro contra as universidades federais, com uma forte paralisação nacional e um plano de lutas que coloque também a necessidade de barrar a reforma administrativa.

A União Nacional dos Estudantes (UNE), entidade estudantil nacional dirigida majoritariamente por juventudes ligadas ao PT e ao PCdoB, soltou calendário divulgando o chamado a terem assembleias e mobilização contra os cortes. Para reverter esse cortes, contra a corja da extrema-direita, é urgente que essas assembleias sejam convocadas com todo peso nas bases de cada universidade e instituto federal, o contrário do que vem sendo a movimentação das direções burocráticas, que se aliam com a direita. Só confiando nas nossas próprias forças ao lado dos trabalhadores podemos garantir permanência e os salários dos trabalhadores da universidade, barrar a Reforma Administrativa e revogar as reformas e privatizações que destroem nossas condições de trabalho, direitos e educação, uma necessidade urgente que Lula e Alckmin já garantiram a distintos setores burgueses que os apoiam que não farão.

Confira a intervenção de Luiza Eineck, estudante de Serviço Social da UnB e militante da Faísca Revolucionária, em manifestação no Instituto Federal de Brasília hoje:




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