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Impeachment | Mirando 2022, Doria se posiciona pelo impeachment de Bolsonaro que coloca Mourão no poder

O governador de São Paulo se posicionou pela primeira vez pelo impeachment de Bolsonaro, que poderia abrir espaço para sua candidatura em 2022. João Doria defende que todo o PSDB passe a sustentar a defesa do impeachment que colocaria o General Mourão na presidência.

terça-feira 7 de setembro de 2021 | Edição do dia

Doria durante coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira (7) — Foto: Reprodução/TV Globo

Disposto a tudo para viabilizar a chamada terceira via, Doria pela primeira vez se posiciona pelo impeachment de Bolsonaro. Segundo o governador, Bolsonaro cometeu crime contra a constituição: "Ele desafia a democracia e empareda a Constituição".

Golpista em 2016 e apoiador do reacionário Bolsonaro nas eleições de 2018, com o famoso ’BolsoDoria’, o governador de São Paulo agora passa à defesa do impeachment. João Doria mira nas eleições de 2022, buscando inviabilizar a candidatura de Bolsonaro e abrir espaço para a "terceira via", seu projeto neoliberal para o país. O preço a ser pago por essa jogada é colocar o general Mourão na presidência, que não cansa de defender o legado da ditadura militar, atacar minorias e dizer que não existe racismo no Brasil.

Doria adere ao impeachment que até aqui vinha sendo sustentado pelos golpistas do MBL, a ultrarreacionária Joice Hasselmann, pelo PT e toda a esquerda, de PSOL a PSTU, com direito a foto lado a lado. A adesão do governador de São Paulo trata-se da entrada de mais um político reacionário, que nesse momento inclusive ataca a sede dos metroviários de São Paulo, na sustentação do impeachment como saída para a crise do país.

Uma saída que coloca Mourão na presidência não pode significar saída alguma, mas sim um verdadeiro abismo. Por isso o Esquerda Diário vem defendendo que a única saída possível é uma assembleia constituinte livre e soberana, imposta pela mobilização da classe trabalhadora auto-organizada. Uma nova constituinte que revogue e anule todas as reformas desde o golpe institucional e discuta os grandes temas de interesse na população, como o combate à fome, o desemprego, o fim do pagamento da divida pública e os direitos dos setores oprimidos, como os indígenas que nesse momento dão um exemplo de luta contra o Marco Temporal de Bolsonaro, STF e agronegócio. Para entender mais sobre nossa proposta, clique aqui.

LEIA MAIS: Enfrentar ameaças golpistas no 7/9 ocupando as ruas com as organizações dos trabalhadores e a esquerda




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