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Estudantes da graduação e pós de 7 cursos diferentes na UFF estiveram presentes para debater o lançamento do livro que debate a história de luta das mulheres trabalhadoras no Brasil e no Mundo.

quarta-feira 31 de agosto de 2022 | Edição do dia

A mesa foi composta por Carolina Cacau, candidata a deputada estadual do MRT pelo Polo Socialista e Revolucionário; professora de Geografia na Rede Estadual do Rio de Janeiro; e fundadora do grupo de mulheres Pão e Rosas no Rio de Janeiro e Leticia Parks, que escreveu o prefácio e um capítulo do "Nós mulheres, o proletariado”, formada em letras pela USP e professora em São Paulo; é fundadora do grupo de negros e negras Quilombo Vermelho.

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Estiveram presentes estudantes de graduação e mestrado de diversos cursos na UFF: História, Geografia, Ciências Sociais, Relações Internacionais, Serviço Social, Matemática e Engenharia.

O livro, lançado pelas Edições Iskra, foi originalmente publicado em castelhano no Estado Espanhol, e nele, são abordados diversos processos de lutas de classes com protagonismos femininos pelo mundo, que expressam o debate cruzado entre gênero, classe e imigração. Dentre os processos que são abordados, tem a greve Pão e Rosas em 1912 em Chicago, a greve em Buenos Aires em 1907, a greve das mulheres na Revolução Russa, processos de lutas de mulheres na Inglaterra, nos EUA, das trabalhadoras escravizadas no Brasil, nas lutas contra o trabalho doméstico e a escravidão moderna, black lives matter e outros.

A fala da Carolina Cacau abordou a relação entre a opressão e exploração no capitalismo, os exemplos de luta das mulheres em Honduras, em Buenos Aires e na Escócia. Refletiu sobre a tentativa do feminismo liberal capturar a luta das mulheres em benefício do empresariado, tendo Simone Tebet (MDB) o exemplo concreto de uma mulher que apoiou todas as reformas que retiram direitos das trabalhadoras e a necessidade de um feminismo socialista que se enfrente contra o Bolsonarismo, as reformas e os ataques. Ressaltou também a necessidade da unificação de pautas das mulheres e da classe trabalhadora e o carater feminino e negro dos postos mais precários de trabalho.

A fala da Leticia Parks se pautou na discussão trazida por Tebet da demagogia de supostamente apoiar a igualdade salarial entre mulheres e homens. Ela trouxe exemplos históricos de como isso aconteceu opondo mulheres operárias a empresariado no Brasil e no mundo a cada vez que essa questão se colocou. Pautou de como a conciliação de classes sempre abre mão do direito das mulheres em nome da aliança com a direita, como faz Lula com Alckmin. Exemplos atuais também foram utilizados como a Geração U nos EUA, com especial interesse do plenário, como os setores jovens da classe trabalhadora explorada feminina e negra vêm tomando de assalto os sindicatos dos maiores empresários do mundo, como a Amazon do Bilionário, Jeff Bezos.

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