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CORRUPÇÃO NAS VACINAS | Governo exonera diretor de saúde envolvido em esquema de superfaturamento de vacinas

Diretor do departamento de Imunização, Lauricio Cruz, teve demissão oficializada nesta quinta-feira

quinta-feira 8 de julho de 2021 | Edição do dia

Lauricio Monteiro Cruz, Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados

Lauricio Monteiro Cruz, agora ex-diretor do Departamento de Imunização do Ministério da Saúde, teve sua demissão publicada nesta quinta-feira (8), no Diário Oficial da União (DOU), um dia após a convocação do reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah), que, segundo denúncias, teria negociado 400 milhões de doses da vacina contra a covid da AstraZeneca, com valor superfaturado, com a autorização de Cruz.

A acusação é de que Cruz teria autorizado Amilton de Paula a negociar as vacinas com a Davati Medical Supply pelo triplo do preço negociado anteriormente com outro laboratório, chegando ao preço de US $17,50 por dose.

Essa negociação se tornou alvo de investigação com as denúncias feitas pelo policial militar Luiz Paulo Dominghetti, que também é representante da empresa. Dominghetti alegou ter recebido um pedido de propina de Roberto Ferreira Dias, ex-diretor de logística do Ministério da Saúde recém exonerado, para fechar a compra de vacinas pelo governo. Dias foi preso na quarta-feira (7), após acusação de mentir em depoimento na CPI, sendo solto após pagar fiança.

Veja também: Bolsonaro chama de "propininha de R$ 2 bi", denúncia da cobrança de US$ 1 por dose de vacina

2 militares estavam na reunião em que diretor do Ministério da Saúde pediu propina

Cruz é mais um exonerado de uma série de exonerações que só acontecem agora após as investigações da CPI da covid atingirem diversos atores chaves dentro do governo Bolsonaro em diversos escândalos de corrupção e superfaturamento na aquisição de imunizantes durante a pandemia da covid, na qual já se registra quase 530 mil mortos pela doença e segue ainda longe de uma resolução, com uma média de 1.500 mortes diárias e vacinação atrasada em diversas partes do país.




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