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Denúncia | Em mais um ataque, Bolsonaro vende unidade da Petrobras no Paraná a preço de banana

Unidade de Industrialização de Xisto da Petrobrás no Paraná é vendida por Bolsonaro por valor semelhante ao que a unidade havia dado de lucro só em 2021. Este representa mais um ataque do Governo Bolsonaro que desde o início mostrou sua intenção de privatizar a Petrobrás.

segunda-feira 14 de novembro de 2022 | Edição do dia

Foto: Marco Charneski

O governo Bolsonaro foi marcado por uma série de ataques à Petrobras que refletiram na piora das condições de vida da classe trabalhadora brasileira. Em mais um destes, Bolsonaro vendeu a SIX (Unidade de Industrialização de Xisto) da cidade de São Mateus do Sul, no Paraná. A venda se deu pelo valor de aproximadamente R$210 milhões, um valor irrisório dado que o lucro da unidade do ano de 2021 foi de pouco mais de R$200 milhões. Segundo nota da CSP-Conlutas, a unidade produz óleo combustível, gás combustível, produtos usados para asfalto, cimento e também funciona como um centro avançado de pesquisa

A política de Paulo Guedes e Bolsonaro para a Petrobrás, dando continuidade aos ataques que já vinham acontecendo com Temer, foi de privatização de refinarias e priorização do lucro milionário de acionistas, tudo isso dando seguimento a PPI que associa o preço do petróleo ao dólar. Os reflexos dessas políticas já estão sendo sentidas pela classe trabalhadora e pelos setores populares nas constantes altas de preço dos combustíveis que resultaram no aumento da fome e da inflação, além da própria intensificação da terceirização e de ataques aos trabalhadores na Petrobrás.

Na última semana, os ataques de Bolsonaro deram mais uma mostra. O desabastecimento de gás em Salvador foi responsabilidade de uma refinaria que foi privatizada, alegando falta de manutenção, meses depois que a empresa responsável bateu recordes de lucros na exportação de Diesel e óleo combustível.

Enquanto os trabalhadores da Petrobras sofriam ataques aos seus direitos e a classe trabalhadora agonizava com a alta de preços em meio a pandemia, Bolsonaro enchia a empresa de militares e os acionistas e empresas seguiam com seus lucros milionários. Tudo isso escancara que a falta de recursos não passa de uma desculpa para dar seguimento aos ataques que fazem enriquecer uma parcela mínima com petróleo e combustíveis que deveriam ser controlados pelos trabalhadores e estar a serviço da maioria da população.

O arco de alianças do PT com Armínio Fraga, Pérsio Arida, em uma chapa com Alckmin de vice, demonstra que o governo Lula não estará a serviço de batalhar por uma Petrobrás 100% estatal que seja controlada pelos trabalhadores que sabem tanto como operar cada setor da produção quanto das necessidades da classe trabalhadora e do povo pobre. A conciliação de classes do PT com setores que defendem o teto de gastos e as reformas não estará a altura de combater aos ataques de Bolsonaro e Guedes, prova disso é a própria experiência dos Governos do PT que rifavam fatias da Petrobrás através das parcerias público-privadas e da venda do pré-sal

Para realmente enfrentar a extrema-direita que demonstrou que vai seguir viva, assim como os ataques e as privatizações, é preciso independência política frente que já deixou claro que não irá revogar as reformas deste regime podre, batalhando por construir uma alternativa da classe trabalhadora e dos setores oprimidos. É preciso que as centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, organizem a luta pela revogação das reformas e contra a privatização da Petrobrás, batalhando para que seja 100% estatal sob gestão dos trabalhadores e da população.




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