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Calamidade na saúde | Covid tem leve alta, e hospitais de Pernambuco já enfrentam filas e lotação

Fato evidencia a enorme precarização da saúde e Pernambuco.

sexta-feira 18 de novembro de 2022 | Edição do dia

Com o coronavírus correndo solto e acumulando diversas mutações, novas cepas vão surgindo, sendo capaz e escapar parcialmente a imunidade conferida pelas vacinas e por infecções anteriores. Com isso, novas ondas tem sido registradas no mundo todo levando de novo ao aumento de casos, de mortes e de internações. Isso é consequência da irracionalidade capitalista, que ao longo de todo o tempo deixou o vírus correndo solto, deixando parte do mundo sem acesso suficiente às vacinas também. Além disso, graças as patentes, e ao segredo comercial, as grandes indústrias farmacêuticas mantém o monopólio da produção e da pesquisa de vacinas, sendo incapaz de produzir em quantidade suficiente vacinas adaptadas às novas variantes (isso sem falar no pouco esforço feito por essas mesmas empresas para produzir vacinas que abrangessem um amplo espectro de variantes ou vacinas que fossem capaz de bloquear as transmissões e não apenas amenizar os sintomas e a morbidade como fazem as vacinas atuais, mas isso já é tema para outro artigo).

A nova onda tem chegado no Brasil recentemente e tem estado no centro das atenções. Apesar disso, essa nova onda causou um aumento no número de internados menor se comparado com as ondas anteriores. No entanto, esse aumento já foi capaz de levar a saúde pernambucana de novo ao colapso. Ontem, a ocupação das UTI’s já voltou a bater 74% e foram registrados quase 50 pessoas na fila.

Esse cenário, mais que a própria gravidade da nova cepa, só escancara a precarização da saúde pernambucana. Recentemente, denunciamos no Esquerda Diário o atraso no salário dos trabalhadores do Hospital Miguel Arraes, em Paulista.. No entanto, este está longe de ser o único problema. Reclamações de longas filas de espera e de pacientes sendo atendidos em macas são comum nos hospitais públicos pernambucanos, além da estrutura super precário. O Hospital da Restauração, maior unidade pública do estado, sofre com problemas frequentes como o tubulações estourando e molhando os pacientes e teto desabando. Em outro hospital de grande porte, o Agamenon Magalhães, até mesmo incêndios ocorrem.

Na atenção primária a situação não vai muito melhor, com uma imensa demora para conseguir a marcação de consultas e exames. Além disso, faltam profissionais, como por exemplo os Agentes Comunitários de Saúde (ACS), o que faz com que muitas áreas fiquem descobertas, apesar de ter uma lista de aprovados no concurso da prefeitura da capital que não foram chamados.

Essa situação de calamidade é responsabilidade direta do governo Bolsonaro, além das gestões do PSB no estado e na capital. A nova governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), com seu projeto oligárquico e privatizante, promete piorar ainda mais a situação. Apenas a luta dos trabalhadores da saúde aliada aos usuários podem reverter a situação, apontando na direção de um SUS 100% estatal, gerido pelos trabalhadores e com controle dos usuários.




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