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Miséria capitalista | Chega de fila do lixo: reajuste salarial de acordo com a inflação já

A crise vem se aprofundando no país, e enquanto Bolsonaro, Mourão junto do Congresso Nacional e STF aproveitam para nos atacar ainda mais, a população brasileira amarga na miséria. A classe trabalhadora e os mais oprimidos são os que pagam mais caro pela crise, são os que estão no desemprego e passando fome. Frente à alta inflação dos alimentos e aos salários miseráveis, a fila do lixo essa semana em BH é outro símbolo da fome e miséria no país, é urgente um programa operário para combater a crise.

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

quinta-feira 14 de outubro de 2021 | Edição do dia

Após as tristes e absurdas filas dos ossos em que a população chegou a se submeter, reflexo da situação de miséria que se encontra a classe trabalhadora e mais oprimidos, essa semana, em Belo Horizonte vimos outro reflexo da fome no Brasil, a fila do lixo, onde pessoas cercaram o lixo de supermercado em busca de alimentos.

Em um momento de profunda crise que vivemos, e enquanto Bolsonaro, Mourão junto do Congresso Nacional e STF, que apesar de suas diferenças, aproveitam para juntos nos atacar ainda mais, a população brasileira amarga na miséria. O país voltou para o mapa da fome, são quase 20 milhões de brasileiros na fome e mais da metade da população vive em condições de insegurança alimentar

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Frente a tudo isso e a dinâmica agenda dos ataques promovidos pelo governo Bolsonaro e Mourão ao lado do Congresso, STF e também governadores como são reformas como da Previdência e o Sampaprev2, além das privatizações e ataques à juventude como os cortes nas universidades que afeta a permanência estudantil, e o Marco Temporal e a PL 490 que ataca os povos indígenas e quilombolas. É cada vez mais inegável que o que o capitalismo tem a nos oferecer é mais e mais miséria.

Faz mais necessário do que nunca um programa operário de combate à crise em base a luta de classes para superarmos essa miséria que nos é imposta, se os capitalistas criaram essas crise eles que paguem por ela! Nesse sentido, defender um programa operário da nossa classe, em base a auto organização dos trabalhadores ao lado dos mais oprimidos é fundamental. Para combater esses salários de fome precisamos lutar urgentemente pelo reajuste salarial de acordo com a inflação - que só segue aumentando. Se tudo aumenta mensalmente, nossos salários também precisam aumentar. Estamos num recorde da inflação, destruindo mais o nosso poder de compra que já era baixo.

Na pandemia todos enfrentamos empregos ainda mais precários, assim como o desespero de estar desempregado, e detalhe a fortuna dos bilionários brasileiros cresceu 11,6%, nesse sistema os capitalistas e seus governos lucram com o nosso suor. Precisamos dar uma resposta profunda, que vá além da miséria do possível das saídas por dentro do Estado capitalista como defendem a esquerda reformista e suas variações que confiam nessas mesmas instituições que nos atacam.

Saídas como fazer campanha salarial a cada ano para repor o poder de compra do salário não adiantam pois a inflação rouba todo aumento anual no mês seguinte. Por isso é preciso de uma campanha unificada de todos os sindicatos nacionalmente para impor o reajuste automático dos salários a cada mês de acordo com o aumento do custo de vida. E conjuntamente com isso defender o congelamento do preço dos alimentos e defender emprego com direitos para todos, no sentido de avançar para combater não só a fome e suas diversas filas, mas o desemprego.

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Isso tudo só pode ser conquistado com a força da nossa mobilização independente e nas ruas, com os métodos históricos de luta da classe trabalhadora. As centrais sindicais como a CUT e a CTB, dirigidas pelo PT e PCdoB, deveriam se envergonhar de estar imobilizadas e depositando todas as suas fichas nas eleições de 2022 em um momento tão agudo de miséria, deveriam construir pela base a mobilização dos trabalhadores nos milhares de sindicatos que dirigem pelo país.

A esquerda - PSOL,PSTU, PCB, UP, PCO - que também dirige sindicatos e entidades estudantis pelo país deveria organizar os estudantes e romper com sua adaptação política ao PT de espera passiva das eleições de 2022 e conciliação de classes, exigindo um plano de luta unificado junto de uma greve geral para derrubar os ataques, Bolsonaro, Mourão, batalhando assim por um programa operário de combate à fome, o desemprego e a pandemia. Nossa luta precisa ser agora, nos apoiando na disposição de luta que se demonstrou em processos de greves como da GM, na luta dos indígenas e quilombolas em Brasília, dentre outros. A unidade que precisamos é da nossa classe com os mais oprimidos para golpear aqueles que se unem para nos atacar.




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