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Bolsonaro troca o presidente da Petrobras, que deveria ser gerida pelos trabalhadores

Depois de 40 dias de anunciado um novo presidente, José Mauro Ferreira Coelho, uma nova troca é feita e agora quem assume é Caio Mario Paes de Andrade, secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, ligado ao ministério da Economia de Paulo Guedes.

terça-feira 24 de maio de 2022 | Edição do dia

Não fica um presidente da Petrobrás no posto. As explicações do governo para a troca de ontem são de que a demissão veio pois a presidência da Petrobras não baixou o preço do diesel e o Bolsonaro teria criticado a margem de lucros da “semi” estatal. Uma piada pronta, praticamente, o novo presidente da Petrobras diretamente ligado ao ministério de Paulo Guedes, parece muito mais viável diante do prosseguimento do macabro plano de privatizações que já entregou mais de 100 blocos de exploração nas mãos da iniciativa privada.

Diante do absurdo aumento dos combustíveis, a intenção do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro, passa longe de pensar na melhoria de vida da população trabalhadora e pobre. O vai e vem de presidentes da Petrobras é reflexo do jogo de interesses dos capitalistas, seu plano de privatização da empresa e a garantia de mais lucros enquanto a população amarga com o aumento dos preços além de todas as medidas anti operárias aplicadas desde o golpe institucional de 2016, e aprofundadas no governo Bolsonaro.

O programa de Bolsonaro seguirá seu rumo reacionário independente da troca de presidentes, o objetivo segue sendo sanar a sede de lucros da burguesia descarregando a crise nas costas do povo pobre e trabalhador. Quando José Mauro Ferreira Coelho assumiu a presidência da Petrobras o discurso do governo já era de questionamento diante do absurdo aumento no preço dos combustíveis, mas trocar o presidente não muda o projeto burguês de gestão e de privatização.

Diante de um cenário pré-eleitoral, Bolsonaro pode tentar aparecer como um gestor preocupado com a qualidade de vida da população, mas todo o seu governo, seu discurso e suas medidas comprovam o reacionário, burguês, conservador, machista, racista, lgbtfóbico e anti operário caráter do programa de seu governo.

O aumento da carestia de vida só deixa a cada dia mais claro que é urgente resolver o aumento do preço dos combustíveis e dos alimentos e a precarização cada vez mais aguda dos postos de trabalho. A luta pela imediata redução do preço dos combustíveis, e para servir aos interesses da população pobre e trabalhadora deve ser por uma Petrobrás 100% estatal, e gerida não por burocratas indicados pela governo federal, e sim pelos trabalhadores que todos os dias fazem a Petrobrás funcionar e podem oferecer o melhor serviço à população.

Também não é a política de Lula e do PT, que em sua gestão sempre buscou formas de ajudar os acionistas privados e importadores e que agora em aliança com Geraldo Alckmin continuará com o projeto neoliberal de privatizações, que pode responder a situação à altura. Isso só pode se dar através da luta independente da classe trabalhadora, batalhando para que sejam os capitalistas que paguem pela crise, através de um programa político dos trabalhadores que se enfrente com a privatização que serve exclusivamente a sede de lucro capitalista.

O programa uma Petrobrás 100% estatal e gerida pelos trabalhadores só pode ser levado a frente com a luta unificada dos setores oprimidos e do povo pobre. Portanto é necessário questionar a passividade das centrais sindicais, como a CUT (dirigida pelo PT) e a CTB (dirigida pelo PCdoB), e sua espera pelas eleições, e batalhar por um plano de luta em unidade dos trabalhadores com os setores oprimidos.

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