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Demagogia | Bolsonaro acena para aumento a servidores federais se a PEC dos precatórios for aprovada

A PEC dos precatórios autoriza o parcelamento do pagamento de dívidas judiciais do governo federal além de alterar o cálculo do teto de gastos. Uma saída desesperada para “comprar” votos para 2022 prometendo auxílio de 400 reais e agora aumento para servidores federais. Bolsonaro não disse de quanto seria o aumento.

terça-feira 16 de novembro de 2021 | Edição do dia

Foto: Alan Santos/PR

Após visita de 3 dias a Dubai desfrutando de muito luxo, Bolsonaro se reúne com empresários em Manama, capital do Bahren, nessa terça-feira. Após a reunião declarou que irá conceder aumento a todos os servidores federais sem exceção. A condição para isso é a aprovação da PEC dos precatórios que altera o cálculo sobre o absurdo teto de gastos e permite parcelamento das dívidas judiciais do governo com muitos desses mesmos servidores públicos que colocaram o governo na justiça contra perdas salariais e outras causas. A PEC abriria margem de 90 bilhões para o governo colocar no novo “Auxílio Brasil” cuja promessa é de 400 reais e com a declaração de hoje sobraria margem para dar aumento aos servidores federais.

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Essa manobra econômica é vista com maus olhos por economistas burgueses que acreditam que com isso a inflação pode se descontrolar e afastar investidores estrangeiros. Pela perspectiva da classe trabalhadora a medida também não é boa, mas por outros motivos. Pode ser um pequeno alento na renda num primeiro momento, mas que mantém a fraudulenta dívida pública bem como os lucros capitalistas intactos para em poucos meses tirar novamente o que concedeu tendo em vista o ano eleitoral.

Tirar dinheiro de quem ganhou causa na justiça do governo, para criar programa social ou aumentar com uma percentagem ínfima os salários de servidores é uma medida para tentar se salvar eleitoralmente mantendo os lucros capitalistas e a submissão ao imperialismo intactos. A classe trabalhadora precisa ir por mais e exigir emprego para todos com escala móvel das horas de trabalho sem redução salarial além de reajuste mensal dos salários de acordo com a inflação e o custo de vida. Mas isso só é possível exigir na luta. Luta que as grandes centrais sindicais como a CUT dirigida pelo PT e a CTB dirigida pelo PCdoB, centrais que dirigem a ampla maioria dos sindicatos no país, deveriam estar organizando na perspectiva de derrubar Bolsonaro e Mourão sem confiança alguma no judiciário ou em qualquer instituição desse regime capitalista apodrecido para colocar os rumos do país nas mãos do povo e impor que sejam os capitalistas e seus políticos que paguem pela crise.

Assista também ao ED Comenta sobre a PEC dos precatórios:




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