A mini reforma ministerial de Bolsonaro vai abrir ainda mais espaço ao Centrão dentro do governo federal. O Senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, vai ocupar o lugar do general Luiz Eduardo Ramos na Casa Civil.
quarta-feira 21 de julho de 2021 | Edição do dia
Ciro Nogueira é presidente do Partido Progressista e em 2017 chegou a defender Lula, disse que foi o melhor presidente da história, e chamou Bolsonaro de fascista. Seu partido comanda a Câmara dos Deputados, com Arthur Lira.
Ex ministro-chefe da Secretaria de Governo de Bolsonaro, Ramos vai sair da Casa Civil e irá para a Secretaria-Geral, atualmente ocupada por Onyx Lorenzoni. O gaúcho conhecido pela prática de caixa 2 agora vai comandar um novo ministério, o do Trabalho.
Bolsonaro havia extinguido o Ministério do Trabalho em 2019, assim que empossou, repassando parte de suas atribuições ao Ministério da Economia. Simbolicamente, o ato representava a extinção dos direitos trabalhistas iniciados por Temer. Agora que as eleições se aproximam e o desgaste com o Centrão segue crescendo, Bolsonaro distribui cargos e recria ministérios.
A promessa de Jair, durante as eleições de 2018, era a de governar com 15 ministérios, bem de acordo com a retórica anticorrupção e anti "toma-lá-dá-cá" que tanto o capitão esbravejava. Chegamos na metade do terceiro ano com 22 ministérios e recordes bilionários em emendas parlamentares.
De acordo com as indicações do governo, as mudanças serão oficializadas a partir da próxima segunda-feira.
