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Aborto legal, seguro e gratuito! | Bolsonaro, a justiça e o Estado roubam o direito ao corpo das mulheres: aborto legal já!

Bolsonaro, militares e a extrema-direita promovem uma cruzada machista contra o direito ao aborto, enquanto a as cúpulas das Igrejas e a justiça patriarcal controla o corpo da mulheres, humilhando uma menina de 11 anos estuprada. Com a luta internacional das mulheres, como nos EUA, arranquemos o aborto legal, seguro e gratuito!

sábado 25 de junho de 2022 | Edição do dia

A extrema-direita internacional está promovendo uma cruzada contra o direito histórico das mulheres ao aborto que, junto dos Democratas e da Suprema Corte, derrubou a decisão Roe vs Wade nos EUA. No Brasil, Bolsonaro, militares e a bancada evangélica exalam o mais reacionário machismo, com seus argumentos “pró-vida”, dizendo que “é inadmissível tirar a vida desse ser indefeso", legitimando uma sessão de tortura promovida pela justiça com uma menina de 11 anos grávida de um estupro. Mas as vidas dessas meninas, em sua maioria negras, periféricas e trabalhadoras, que sofrem com a maternidade compulsória e a violência machista, não importa. São elas quem mais morrem por abortos clandestinos inseguros.

Leia mais: Enfrentar o ataque ao aborto nos EUA com a força da luta internacional das mulheres

"Todo aborto é crime", diz a cartilha do Ministério da Saúde. E a justiça, tanto nos EUA como no Brasil, com juízes eleitos por ninguém, realmente tira esses direitos conquistados com a luta histórica do movimento feminista da noite para o dia. Damares, as cúpulas das igrejas evangélicas promovem abstinência sexual, reprimem o direito ao prazer, à vida e sexualidade da juventude, das mulheres e LGBTQIA+. Isso é parte de uma cadeia estrutural de violência patriarcal que o sistema capitalista propaga e amplifica, que se expressa na desigualdade salarial e precarização do trabalho feminizado negro e indígena, no assassinato de mulheres trans, na qual o Estado burguês e patriarcal é também responsável.

Basta! Precisamos lutar, mulheres, homens, trabalhadoras, negros, LGBTQIA+ pela separação da Igreja e do Estado e a legalização do aborto de forma gratuita, segura, livre e garantida por um sistema de saúde 100% estatal sob gestão das e dos trabalhadores. Precisamos de contraceptivos para não engravidar e educação sexual para poder escolher! Pelo direito à maternidade e à infância plena!

O patriarcado não vai cair sozinho, vamos precisar derrubá-lo junto desse sistema de miséria que só reserva miséria, guerra e violência às oprimidas. Nesse sentido, para derrotar o bolsonarismo, os militares e conquistar essas demandas, não podemos confiar no STF e Congresso, mas sim nos inspirar na luta contra a extrema-direita que ataca o direito ao aborto nos EUA e na Maré Verde na Argentina! O caminho de conciliação de classe do PT e de Alckmin com todos esses setores reacionários é incapaz de fazer isso, como vimos com Dilma na Carta ao povo de Deus se comprometendo a não legalizar o aborto, e com Lula enviando tropas, comandadas por militares hoje no alto escalão do governo, para o Haiti estuprar e matar negras e negros. As centrais sindicais precisam romper sua paralisia eleitoral e organizar a luta pela vida das mulheres e contra os ataques, unindo a resistência dos povos originários e a greve da FUNAI por justiça para Dom e Bruno.




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