Ontem, 7 de abril, após discussão e deliberação na assembleia do período matutino, os estudantes de Ciências Sociais da UFRN levaram seu apoio à greve de professores municipais de Natal, capital potiguar.
sexta-feira 8 de abril de 2022 | Edição do dia
Os professores da rede municipal de Natal realizaram hoje (7) uma atividade no acampamento de greve em frente à Câmara Municipal, em defesa do reajuste do Piso Salarial de 2022 de 33,24% e contra o projeto de lei proposto pelo prefeito Álvaro Dias (PSDB), que quer destruir a carreira da categoria.O projeto de lei transforma o piso salarial dos professores em teto, ou seja, o piso que é a remuneração mínima a ser recebida passará a ser a máxima.
Com o aumento dos preços dos alimentos e combustíveis devido a política de preços do governo Bolsonaro, a guerra na Ucrânia e a crise sanitária da covid-19, é escandaloso deixar os trabalhadores sem um salário digno, enquanto que Álvaro Dias aumentou seu salário em 60%, passando a receber R$ 32 mil reais mais bonificações.
Os estudantes passam por uma situação de cortes brutais em bolsas de pesquisa, de ensino e de verbas para a estrutura universitária do governo Bolsonaro-Mourão e do Congresso Nacional, além de estarem sem Restaurante Universitário por responsabilidade da reitoria da UFRN, e sem ônibus suficiente por culpa do próprio Álvaro Dias. Discutiram em assembleia convocada pelo Centro Acadêmico de Ciências Sociais (CACS), como parte da recepção dos ingressantes de 2022, se solidarizar à luta dos professores e levar seu apoio em uma comissão pessoalmente na atividade de greve, demonstrando como é fundamental e pode ser poderosa a unidade entre trabalhadores e estudantes.
Essa política de ataque ao serviço público e as condições de trabalho é reflexo de uma política conjunta com os governos de extrema-direita de Bolsonaro e Mourão, que apenas visam o lucro de grandes bancos enquanto descarregam sobre a classe trabalhadora condições precárias de trabalho e salários baixíssimos.
A mobilização dos professores de Natal acontece ao mesmo tempo que a greve dos professores de Minas Gerais e demonstra a força de luta da categoria contra os ataques dos governos. Por isso, os estudantes e o CACS "Marielle Franco" se colocaram lado a lado aos professores na greve contra esse ataque de Álvaro Dias. É necessário cercar a categoria de apoio e solidariedade, através dessa unidade. Assim como estar lado a lado dos professores da rede estadual, que recentemente conseguiram arrancar em greve seu direito ao piso salarial, que a governadora Fátima Bezerra (PT), estava se negando a negociar e impôs o parcelamento.
Todo apoio à greve dos professores municipais de Natal! Abaixo Bolsonaro, Mourão, Congresso e Álvaro Dias, inimigos da educação!
