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NOVA ETAPA DO ESQUERDA DIÁRIO | A luta de classes na sua mão: reveja a greve dos Correios em 2020

Uma nova etapa do Esquerda Diário se iniciará nesta quinta-feira, 15/07. Frente ao brutal ataque do governo Bolsonaro e Mourão que está em andamento com a proposta de privatização de 100% dos Correios, este ano, reveja a forte greve dos ecetistas do ano passado, de 35 dias, contra os planos de privatização e ataques de Bolsonaro e Guedes, em que o Esquerda Diário atuou com suas forças para levar a luta de classes na sua mão!

Luiza EineckEstudante de Serviço Social na UnB

segunda-feira 12 de julho de 2021 | Edição do dia

A greve dos Correios no ano passado teve seu início em agosto. Os ecetistas paralisaram durante 35 dias nacionalmente mostrando a força da nossa classe e se enfrentando duramente contra os planos de privatização já arquitetados por Bolsonaro e Guedes, e aplicados fortemente na estatal por seu grotesco presidente, o general Floriano Peixoto. Foram diversas mobilizações pelo país frente a esse brutal ataque que, também, se propunha a modificar mais de 70 tópicos no acordo coletivo da categoria, que incluía as absurdas retiradas de vale-alimentação, auxílio-creche, licença maternidade.

Para além da tentativa de privatização e ataques aos acordo coletivo, a mobilização dos trabalhadores se dava também pela falta de condições sanitárias, EPIs - que levou a mortes de vários trabalhadores -, para o trabalho durante a pandemia, pois a categoria não parou nesse período, e até hoje é extremamente fundamental para a entrega das vacinas, dos testes, medicamentos, etc.

Após os 35 dias de greve nacional, ela chegou ao fim. Tendo, inclusive, um grande ato nacional em Brasília no dia da votação no TST que demonstrou a enorme intransigência do governo e autoritarismo do judiciário que decidiu por manter 50 ataques no acordo coletivo. A enorme força dos trabalhadores que se demonstrou nesta greve também se deparou com o esforço consciente das burocracias sindicais em boicotar e isolar a greve. Não articulando e unificando as lutas em curso no país e não mantendo a luta até o final. Imagina a força que seria caso fossem convocadas assembleias de base em cada local de trabalho e estudo para articular e exigir das centrais uma paralisação nacional com greve geral para derrubar todos os ataques?

Leia mais: Greve dos Correios: as lições da luta contra os ataques de Bolsonaro, militares e juízes

A grande disposição de luta dos trabalhadores é uma das grandes lições dessa greve e que serve de inspiração frente, novamente, a privatização dos Correios que está em curso agora. Porém dessa vez é diferente, o governo Bolsonaro e Mourão, junto do Congresso, quer entregar 100% da empresa para a iniciativa privada, ou seja, para o capital imperialista.

Nós do Esquerda Diário, MRT e da juventude Faísca participamos lado a lado dos trabalhadores dos Correios pelo Brasil, nas mobilizações, piquetes, etc. Colocamos nossa mídia inteiramente a serviço dessa e de cada luta operária em curso, fazendo uma forte cobertura da greve de início ao fim, contando a história pelo ponto de vista da classe trabalhadora e não escondendo a realidade como faz a grande mídia burguesa.

Ao contrário do que querem sempre nos fazer acreditar, a nossa classe não está derrotada, ela está mais viva do que nunca e só ela pode derrubar cada ataque, cada reforma e privatização com a força de nossa luta e organização, levando junto todo o entulho do golpe institucional de 2016, suas instituições, Bolsonaro, Mourão e os militares que nos jogam ainda mais na miséria.

A crise pandêmica expressou como o capitalismo não é capaz de resolver a crise que ele mesmo criou. Enquanto morremos aos montes no Brasil, são mais de 533 mil mortes, o capitalismo e seus governos estão apenas preocupados em quais lucros podem salvar, nossas vidas não valem nada para eles.

É por isso que, retomando essa força de 2020, as correntes de esquerda que estão em cada sindicato e organização estudantil, deveriam batalhar por um plano de lutas dos trabalhadores junto aos estudantes onde seu pontapé inicial, após as mobilizações que ocorreram no país nas últimas semanas, seja botar de pé uma Greve Geral para derrubar todos os ataques e privatizações. Lutando por Fora Bolsonaro e Mourão nas ruas, sem cair na armadilha do impeachment, que só pode ocorrer por dentro das mesmas instituições que nos atacam e que levaria o militar e racista Mourão ao poder.

Leia também: A força dos trabalhadores paralisando o país numa greve geral é o que pode barrar privatizações

Nesse sentido, viemos dando uma batalha contra a burocracia sindical, encabeçada pelo PT e PCdoB, que dirigem a CUT e a CTB e diversos sindicatos pelo país, em uma perspectiva de auto-organização da nossa classe a fim de avançar na superação dessas burocracias e mudar a correlação de forças a favor dos trabalhadores. Ao contrário do que quer Lula e o PT, que buscam canalizar toda nossa revolta para as eleições, e infelizmente a esquerda segue essa política. Propomos a partir da nossa mobilização a luta por uma assembleia constituinte livre e soberana, imposta pela luta de classes e pelos métodos de luta históricos da classe trabalhadora como é uma Greve Geral. Com uma nova constituinte podemos ir por muitos mais, revogar cada privatização, corte e ataque, e debater e resolver os grandes problemas do nosso país.

A batalha que travamos internacionalmente a partir da Rede Internacional de Diários - La Izquierda Diario, aqui no Brasil, Esquerda Diário impulsionado pelo MRT, é de batalhar para construir um partido revolucionário internacional que lute pela revolução socialista para colocar de vez o capitalismo no lixo da história.

Dia 15/06, confira o lançamento da nova etapa do Esquerda Diário, com novos programas e iniciativas multimídia marxistas, anti-imperialistas e anti-burocráticas, que batalha para colocar a luta de classes na sua mão.




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