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Pandemia | A desigualdade na vacinação é parte do descaso capitalista. Vacina para todos já!

O discurso de que o coronavírus seria democrático e atingiria a todas as classes igualmente logo caiu por terra, conforme aumenta o número de mortos (já são 550 mil mortos), se mostra que essas mortes se concentram majoritariamente nas regiões periféricas dos estados.

terça-feira 27 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: Divulgação/Prefeitura Rio de Janeiro

Quando o assunto é a vacinação essa desigualdade se expressa também. Contraditoriamente aos dados de contágios e mortes, as vacinas são distribuídas e aplicadas com mais rapidez nos centros e regiões mais elitizadas. Ora, mas se o contágio é maior nas periferias por que a vacinação não se concentra nesses lugares?

Novamente os interesses capitalistas se expressam com força durante a pandemia, os privilégios sociais, os interesses de lucros. Garantir que os que saem de casa, os que trabalham fora, os que se deslocam nas cidades tenham acesso a vacina, enquanto parte dessa comunidade, desempregados, jovens, donas de casa, em sua maioria negros, têm menos acesso a vacina.

A cara que o capitalismo vai mostrando a cada dia mais é monstruosa. Bolsonaro e Mourão são representantes diretos do que há de mais podre da lógica capitalista, com sua cara mais reacionária, conservadora, machista e racista. Por outro lado, a direita que se diz oposição ao governo é também defensora de reformas que atacam nossos direitos em nome dos lucros. Estão a serviço dessa mesma lógica.

Essa realidade sentida na pele pela classe trabalhadora e com mais força desde o início da pandemia tem gerado grande insatisfação. Isso se expressou nas ruas nos últimos meses, mas também em greves como a do metrô ou da CPTM, além das conversas nos locais de trabalho, nos transportes e nos bairros.

É preciso uma resposta política independente frente a essa situação. Um enorme setor da esquerda, como o PT, o PSOL e também a UP, o PCB e o PSTU apoia o impeachment, inclusive junto com setores da direita liberal. Tratam como se tirar Bolsonaro do poder fosse resolver as mazelas que assolam a vida do povo, mas isso não é verdade. O impeachment é o caminho direto de Mourão na presidência, racista, adorador da ditadura e que seguirá tomando todas as medidas possíveis para que os trabalhadores paguem pela crise.

Por outro lado, aguardar as eleições em 2022 e apostar em Lula como alternativa. Mas será Lula, que está negociando com toda a velha direita como Sarney, FHC ou Kassab, para administrar o degradado regime do golpe institucional, que responderá a todas as questões já colocadas? Será perdoando o golpismo que poderemos mudar a lógica e pensar nas vidas antes dos lucros?

A necessidade agora é unificar a esquerda numa exigência em comum às grandes centrais sindicais e entidades estudantis, para que organizem um plano de luta e construam uma greve geral. Isso porque é a força dos trabalhadores e da juventude, organizados em cada local de trabalho e estudo, que pode lutar por a vacinação para todos, inclusive priorizar os lugares com mais contágio, mas que também dê força para irmos por mais e derrubar Bolsonaro, Mourão e todos os ataques, sem confiança nos golpistas e na direita.

Saiba mais: Editorial MRT ; Fila do osso é símbolo da barbárie capitalista: por um plano de luta já

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