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CASERNA | 62% dos brasileiros é contra participação de militares em atos políticos e cargos no governo

Segundo pesquisa do Datafolha, 62% da população no Brasil são contrários a presença de militares em manifestações políticas e em cargos no governo.

segunda-feira 12 de julho de 2021 | Edição do dia

Foto: Jackson Ciceri

A maioria da população brasileira é contrária a que militares participem de manifestações políticas e ocupem cargos no governo, o que diretamente remete ao governo de Bolsonaro, que além de ter trazido vários militares para ser parte do seu governo, também há exemplos como o de Eduardo Pazuello, que no mês de maio subiu em palanque com o presidente reacionario no Rio de Janeiro.

A pesquisa realizada pelo Datafolha demonstra que 62% da população é contrária a participação de militares em manifestações política e cargos, para 39% a atitude é aceitável, e 4% não soube opinar. De acordo com o próprio Estatuto dos Militares de 1980, e o regulamento disciplinar do exército de 2002, seria proibida a participação de militares da ativa em qualquer tipo de manifestação política ou reivindicatória.

Escrachando a articulação entre militares e Bolsonaro, Pazuello, ex-ministro da Saúde, não chegou a ser punido até o momento, mas ao contrário disso agora ocupa um cargo no Palácio do Planalto. Bolsonaro chegou a defender publicamente Pazuello, dizendo que ele não havia cometido nenhuma irregularidade, pois estava apoiando a pessoa física do presidente.

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Segundo dados da pesquisa, as pessoas que mais apoiam a participação de militares em ações políticas são os que declararam voto em Bolsonaro para 2022, os índices de aprovação a ideia são de 56% e 57%.

Já entre os que declaram voto em Lula em 2022 são mais contrários, com 71% e 72% sendo contrários a participação de militares na política. Nos dois casos, Bolsonaro tem 25% das intenções de voto, e Lula 46%.

Entre o público jovem, 46% são a favor da participação de militares na política, porcentagem semelhante ao apoio de quem ganha de 5 a 10 salários mínimos, sendo os setores que mais apoiam a participação de militares em manifestações e cargos.

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