“Nessa semana veio à tona a denúncia de que no Hospital Pérola Byington, que é centro de referência que realiza aborto legal em São Paulo, estaria distribuindo bíblias para vítimas de estupro e violência sexual que estavam aguardando atendimento para interromper a gravidez, como previsto por lei.
Dar uma bíblia a uma vítima de estupro é cruel! Absurdo que um centro médico, referência da saúde da mulher, distribua bíblias para mulheres que estão recorrendo ao aborto por terem sofrido abuso e violência sexual.
Leia mais: Absurdo: hospital de aborto legal de SP interrompe o serviço em meio a crise do Covid-19
São milhões de abortos realizados todos os anos, sendo a 5ª causa de mortes maternas, com milhares de complicações que causam mutilações, sequelas e muitas vezes a morte de mulheres por conta de abortos inseguros e clandestinos.
O direito ao aborto legal, seguro e gratuito deveria ser garantido pelo Estado, evitando a morte e violência de mais mulheres. No Brasil, o direito ao aborto já é super restrito, somente para casos de estupro, anencefalia e risco de vida às mães, sendo este um direito que foi garantido a duras penas e que é constantemente ameaçado pelas ofensivas conservadoras de políticos reacionários como Bolsonaro e Damares, a Igreja e a Bancada Evangélica.
Pode te interessar: Agradando sua base reacionária, Bolsonaro quer aprovar Dia da Conscientização contra Aborto
E mesmo o direito ao aborto legal no país já sendo super restrito, em centros médicos como no Hospital Pérola Byington distribuem bíblias às vítimas de estupro, uma clara opressão e tentativa de coibir essas mulheres violentadas.
Basta da ligação entre Igreja e Estado que só aprofunda a opressão à mulher, reprimindo e negando o direito ao próprio corpo! A pauta pela separação entre Igreja e Estado é fundamental para todo o movimento político de esquerda e social, lutando pelo direito e pela vida das mulheres.
|