Fevereiro está batendo quase todos os recordes da pandemia em Porto Alegre. O mais novo é o de hospitais com 100% de lotação dos leitos de UTI. São seis até o momento: Moinhos de Vento, Mãe de Deus, Ernesto Dornelles, Independência, Restinga e Fêmina. O último, diga-se de passagem, está com 125% de lotação, ao passo em que outros hospitais estão chegando a 100%, como Clínicas e Conceição que estão com 95% de lotação. A situação é drástica.
E para piorar, o comandante em chefe da capital, Sebastião Melo, eleito com os votos do bolsonarismo e do grande empresariado da cidade, quer tudo aberto. Segundo vossa eminência, a culpa do aumento de casos é da “gandaia” da praia – nada a ver com os ônibus lotados (após a prefeitura cortar linhas e tabelas), ausência de testes massivos para a população, fim do auxílio emergencial, pessoas na miséria procurando emprego, governantes mais preocupados com os lucros dos patrões do que com qualquer outra coisa.
Como se o poço já não fosse fundo, Melo tem a pachorra de pedir para que pacientes do interior, muitas vezes sem leitos de UTI em suas cidades, parem de serem atendidos em Porto Alegre. O negacionismo e a política em defesa do lucro de Sebastião Melo vai levar ainda mais gente ao adoecimento e à morte.
O rebote das festas existe, ainda não sentimos o do carnaval, mas é intensificado com o negacionismo típico de quem governa para o lucro e não para a vida da maioria da população. A tendência é crescer os casos em Porto Alegre e especialistas alertam para a possibilidade de colapso no sistema de saúde.
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