A reflexão girou entorno do que o autor coloca em relação as técnicas de reprodução artística em massa – principalmente a fotografia e o cinema falado – que se desenvolvem numa lógica mercadológica, na qual a arte é reproduzida massivamente visando somente o lucro de terceiros, ao mesmo tempo que tal lógica cria uma contradição pois torna a arte cada vez mais próxima das massas.
A partir de pensar que a fotografia "toma" o lugar da pintura, já não é mais papel desta retratar. Cada vez mais a artes plásticas se afasta de seu papel inicial: místico e voltado para representação de figuras, progressivamente, ainda mais dado que as vanguardas surgem no contexto da segunda guerra mundial e do fascismo, a arte vai se tornando ainda mais social, conflitando com o conceito da "arte-pela-arte".
A massificação da arte feita pelo capitalismo com a reprodutibilidade técnica preza pelo lucro, porém é criado uma contradição: a exposição e o alcance dessa arte mais social sendo trazida para as massas, nos limites do capitalismo.
Concluímos então que arte sempre estará subordinada aos grilhões do mercado dentro do capitalismo, e somente será possível uma arte totalmente livre a partir do fim desse sistema.
Prosseguiremos nossa discussão sobre arte independente e revolucionária com o Manifesto da F.I.A.A.R.I, escrito em 25 de julho de 1938 pelo dirigente bolchevique Leon Trotsky e pelo teórico do Surrealismo André Breton e assinado pelo muralista Diego Rivera. O grupo será realizado no dia 24/04 às 12h e às 18h no prédio da Letras.
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