Como já denunciamos ontem o Grupo Abril, dono de uma das maiores editoras do país e que publica, entre outras revistas, a Veja, demitiu mais de 100 funcionários de forma arbitrária nas últimas semanas. Tal ação vêm de encontro à aprovação da Reforma Trabalhista recém colocada em vigor por Temer, onde abre portas para demissões e contratações dos trabalhadores com menos direitos adquiridos e precarização do trabalho.
Alegando ser necessário uma nova "reorganização da empresa" perante a enorme dívida que o Grupo mantém com bancos, a empresa quer manter seus lucros intactos, assim como o patrimônio da bilionária Família Civita, estimado em cerca de US$ 4,9 bilhões, dona do Grupo Abril, colocando centenas de trabalhadores na rua sem garantia de direitos, pois além de demiti-los de forma totalmente arbitrária, a empresa quer pagar a rescisão do contrato em 10 vezes aos demitidos, sem correção. Desta forma, violam leis trabalhistas pois não irão pagar a rescisão conforme dita a CLT.
Ou seja, querem demitir para seguir garantindo seus próprios lucros, querendo fazer com que os trabalhadores paguem pela crise da empresa, que não foi gerada por eles. Esta é a cara da Reforma Trabalhista de Temer, que quer "apertar os cintos" na crise demitindo dos trabalhadores e aumentando o lucros dos empresários que já lucram bilhões em cima do suor dos trabalhadores.
Exigimos a imediata recontratação de todos os funcionários demitidos! Para dar seguimento à esta luta no próximo dia 19 de fevereiro foi marcado pelo Dep. Gianazzi (PSOL) na ALESP uma audiência pública para tratar do caso.
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