Votação para o acolhimento da denúncia contra Temer encaminhada pelo procurador geral Rodrigo Janot somente ocorrerá no dia 2 de agosto. Entretanto, as movimentações do presidente para evitar a abertura do inquérito não param. Depois de se valer das emendas parlamentares, o presidente está negociando cargos em troca de apoio.
quarta-feira 19 de julho de 2017 | Edição do dia
Na batalha para evitar o acolhimento da denúncia contra ele, que irá para votação no plenário da Câmara somente no dia 2 de agosto, Temer tem se valido de todas as suas armas. O presidente já havia utilizado do expediente da liberação das emendas parlamentares, dinheiro previsto para utilização dos parlamentares mas prontamente antecipada para as vésperas da votação na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
Dessa vez, Temer se valeu de um método mais explícito. O presidente começou a distribuição de cargos em troca dos votos contrários ao acolhimento da denúncia. Diário Oficial da União (DOU) traz três nomeações de indicados por apoiadores de Temer, além da retaliação a uma traição do presidente.
Duas nomeações vieram como retribuição ao PSC, do deputado André Moura, que foi agraciado com a nomeação de dois indicados para ocupar diretorias da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência: Matheus Belin e Antônio Ricardo de Oliveira Junqueira.
O deputado Alberto Fraga (DEM-DF) também emplacou Roberto Postiglione de Assis Ferreira Junior para o cargo de diretor de planejamento e avaliação da Superintendência do Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco).
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