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Denúncias | Trabalhadores efetivos e contratados de MG relatam absurdos das designações de Zema e SEE

Publicamos algumas denúncias de trabalhadores da educação de MG, tanto contratados pelas designações quanto efetivos, que se enfrentam com o descaso e a precarização promovidas por Zema e a Secretaria de Estado de Educação.

sexta-feira 9 de fevereiro | Edição do dia
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

O Esquerda Diário publica denúncias recebidas por trabalhadores da educação de MG, que todo início de ano vive um drama para conseguir um emprego, se submetendo às arbitrariedades e incertezas dos processos de contratação, recheado de ideologia neoliberal, em que a conquista de um cargo se dá através da competição individual por vagas, em grande maioria insuficientes para pagar as contas e sobreviver.

Mas a culpa de existirem escolas sem professores e milhares de professores desempregados é inteiramente de Zema e da Secretaria de Estado de Educação. O recente concurso sequer preencheu as já poucas vagas que tinham sido abertas pois foi feito para fortalecer os objetivos deste governo: contratar precariamente trabalhadores para as milhares de escolas públicas do estado, e jogar nas costas da juventude, professores e trabalhadores a culpa pela falta de qualidade da educação pública.

Publicamos abaixo as denúncias que já recebemos:

“Minha amiga perdeu a vaga de sala de recurso porque não aceitaram o atestado dela só escrito ‘Professor de Educação Básica’. Segundo eles, deveria estar ‘Professor de Educação Básica – sala de recurso’. Mas aonde já se viu fazer um atestado diferente para cada cargo que você consegue?”

“Uma companheira formada em licenciatura em Teatro foi impedida de assumir porque, segundo a direção, ela não era formada em Arte. Faltou ler a Resolução, pois nela diz que formados em Artes Visuais, Artes Cênicas, Música, Teatro, Dança podem sim assumir cargos, tanto designados quanto efetivos, isso existe em todas as legislações federais, municipais e estaduais e na própria Resolução. É muito absurdo tudo isso!”

Essa semana saíram poucas vagas, foi desesperador. Estávamos desconfiando que só ia voltar a sair mais depois do carnaval. Hoje fui em uma designação e a diretora da escola confirmou que a SEE está barrando os editais, que elas mesmo tem um monte de professores pra contratar ainda. Ou seja: o Zema não quer pagar a gente durante o carnaval, e a gente sem dinheiro pra nada. Enquanto isso, as aulas começaram e os estudantes sem professores por culpa do Estado.

“Um diretor chegou na designação e avisou os candidatos que ele ia largar a vice-direção e voltar para o cargo concorrido, fazendo assim alguns candidatos desistirem de seguir no processo. Uma informação extraoficial que não pode acontecer, além de poder ter sido usado para beneficiar algum candidato.”

“Ainda não consegui sequer participar do processo de designação porque onde sou efetivo ainda não tem os horários, e estou preocupado porque preciso de 2 cargos já que o Zema não paga o mínimo que um professor deveria receber! Não sei em que turno vou trabalhar nem de quê vou dar aula no meu cargo efetivo pois até agora não se formaram todas as turmas previstas, e a redistribuição está demorando muito a ser feita. Talvez terei que pegar disciplinas que não são a minha. Esse problema tem se expressado em quase todos as escolas, em que turmas inteiras são fechadas ao invés de redistribuídas para que tenham menos alunos por sala, em especial no ensino fundamental. O que querem são poucas turmas lotadas, poucos e doentes professores! E vários desempregados ou sem um cargo a mais para complementar a renda, como eu. Estou mal como poucas vezes estive.”

Convidamos todos trabalhadores a compartilharem mais e mais denúncias, para combater os verdadeiros culpados e fortalecer laços de solidariedade entre contratados e efetivos contra os absurdos do governo estadual e, sem nenhuma confiança nas negociatas do governo federal, que ontem deu um palanque com direito a aplausos para Zema e e o prefeito de BH Fuad enquanto os trabalhadores da educação municipal estão em greve.

Envie a sua no WhatsApp para 31 99949-7167 (Elisa) ou na nossa página Nossa Classe Educação – MG.

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