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BOLSONARO | Se eleito, futuro ministro de Bolsonaro, Paulo Guedes, favorecerá suas próprias empresas

O economista de Bolsonaro, Paulo Guedes, possui diversas empresas de investimentos nas áreas de educação a distância, redes de universidades, energia, petróleo e gás. Também conhecido como “superministro da economia” é cogitado para o cargo de Ministro da Fazendo num futuro governo reacionário que será continuidade do golpe institucional.

quinta-feira 4 de outubro de 2018 | Edição do dia

O próprio Paulo Guedes, que é um representante do velho neoliberalismo carcomido em tempos de crise orgânica, disse que terá total liberdade para montar sua equipe econômica, inclusive com aqueles que hoje compõem o governo golpista de Michel Temer que aprovou a PEC do teto (congelando durante 20 anos as verbas públicas em áreas elementares como educação e saúde), a reforma trabalhista que rasgou a CLT, a terceirização irrestrita que escraviza os trabalhadores e ainda querem aprovar a reforma da previdência, que irá nos fazer trabalhar até a morrer.

Defende a venda de tudo o que é público para lucrar cada vez mais com seus investimentos, demonstrando assim que a política tanto para ele como para Jair Bolsonaro nada mais é do que um trampolim para aumentar suas riquezas individuais. Para saber mais sobre isso clique aqui.

Ou seja, deixam evidente que o congresso nacional é um verdadeiro balcão de negócios para os ricos e capitalistas, que em período eleitoral enganam os trabalhadores e o povo pobre para em seguida retirar direitos e serviços fundamentais como saúde, educação, a fim de enriquecer a si mesmos e seus aliados.

Quanto menos vagas em universidades públicas, por exemplo, maiores investimentos serão possíveis para as empresas privadas do setor que ele possui relação direta, que são pelo menos sete: Ser Educacional (152 mil alunos em universidades); HSM; Grupo Anima; NRE (8 mil alunos em curso superior em medicina); Q Mágico (educação à distância); Wide (produz e gerencia conteúdos digitais); Passei Direto (rede social para universitários).

Paulo Guedes também defende que as universidades públicas cobrem mensalidades, retirando ainda mais direitos que já são tão restritos. O próprio sistema FIES, criado no governo FHC e aprofundado na gestão Lula que possibilitou o acesso ao ensino superior a alguns setores da população, na verdade funcionou mais como instrumento para alavancar empresas privadas do setor e garantir altos lucros aos capitalistas cujo próprio Paulo Guedes e seu irmão Gustavo Guedes (aliado de negociatas do setor educacional) foram beneficiados.

Como se já não bastasse as demonstrações acima de quais interesses estão por trás dessa figura retrograda que é o Bolsonaro e seu “guru da economia” Paulo Guedes, esse segundo ainda possui interesses diretos na privatização da Eletrobras e Petrobras. Suas principais empresas são a Bozano Investimentos e a GPG Participações, onde a partir delas ele gerencia suas principais nogociatas. Nesta última, inclusive, ele é acusado de provocar perdas milionárias na Bolsa de Valores à Fapes, fundo de pensão dos funcionários do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Além disso, possui ações nas empresas de energia Equatorial (que em julho adquiriu a Cepisa, distribuidora da Eletrobras no Piauí), Energisa e CTEEP (Companhia de transmissão de Energia Paulista) que estão de vento em popa com os processos de privatizações em curso e que ele mesmo pretende aprofundar em um futuro governo. Vale lembrar também que Paulo Guedes ainda possui como sócio o banqueiro Julio Bozano que nos anos 1990 ficou conhecido como “rei das privatizações” tendo adquirido diversas ações em estatais sobretudo da Embraer que hoje foi vendida para a Boeing.

Assim, não nos resta dúvidas quais são os verdadeiros interesses de Jair Bolsonaro (e sua peça chave: Paulo Guedes) que lidera as intenções de votos em uma eleição manipulada pelo judiciário golpista que retirou o direito ao sufrágio universal da população e a cada dia mostra sua insistência em interferir nesse processo como também da tutela das Forças Armadas que se mostra como agente na realidade para retirar mais direitos da classe trabalhadora e do povo pobre a fim de saciar a sede de lucro dos capitalistas.

O real enfrentamento à extrema-direita não virá das urnas. Somente uma resposta anticapitalista de trabalhadores pode barrar o avanço da extrema-direita e dos golpistas, com as mulheres, os negros, os lgbts, a juventude e todos os setores que atualmente estão carregando nas costas o peso da crise a frente, lutando nas ruas contra cada retirada de direito e impondo uma Assembleia Constituinte Livre e Soberana onde a voz e os interesses dos trabalhadores seja imposta.

*com informações do UOL.




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