quinta-feira 15 de março de 2018 | Edição do dia
Uma comoção atinge os cariocas e os setores progressistas em todo o país. Na noite desta quarta-feira, a Vereadora Marielle Franco, do PSOL, foi brutal e covardemente assassinada.
Nós do Esquerda Diário e do MRT nos solidarizamos com familiares, amigos, companheiros e companheiras do PSOL e cada um que admirava a luta de Marielle. Através dessa nota queremos também expressar nossa indignação com este assassinato bárbaro.
O carro em que estava, vindo de uma atividade “Jovens Negras movendo as estruturas”, na Lapa, foi alvejado com vários tiros, que mataram também o motorista, Anderson Pedro Gomes. O que gera ainda maiores suspeitas de execução é que os atiradores fugiram sem levar nada.
Há suspeitas de que possam ser repercussão direta de denúncias do último sábado, dia 10, quando Marielle denunciou a ação de PMs do 41º BPM (Irajá) na Favela de Acari.
Trata-se de um batalhão conhecido como “Batalhão da morte”, por ser dos mais assassinos, e que recentemente havia sido alvo de denúncias de mais uma onda de absurdos de uma polícia racista e violenta, com invasão de casas e todo tipo de violações de direitos elementares. Ela havia compartilhado e amplificado as denúncias, que neste caso contavam inclusive com o extremo de que os jovens eram jogados em um valão. Marielle também participava da comissão da Câmara dos Vereadores do RJ que investigava a intervenção federal, o que pode ser mais um motivo do ocorrido.
Nossa indignação precisa se expressar nas ruas. É necessário uma comissão de investigação independente para apurar esse crime.
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