Em Caxias do Sul a cartilha segue a mesma lógica das demais cidades do país, referente ao ato contra o presidente da câmara de deputados Eduardo Cunha. Esta cartilha é a mesma, porém com algumas pequenas diferenças de formato, mas que de conteúdo não se diferem em absolutamente nada.
sexta-feira 13 de novembro de 2015 | 00:30
Eduardo Cunha representa o que existe de mais reacionário no congresso nacional, principalmente no que diz respeito aos direitos das mulheres, LGBT, juventude e da classe trabalhadora. Em Caxias dia 11 deste mês, foram realizados dois atos que se fundiram em um só, porém com o mesmo propósito. Denunciar a luta contra o avanço do conservadorismo, sem uma denúncia de que este avanço ocorre devido a aliança do PT ao longo destes últimos 13 anos de governo com estes mesmos setores reacionários, por isso, estes atos levam a cara do governo Dilma.
Por mais que pareçam ser independentes, posto que um dos atos foi chamado pelo PSOL, estes atos visam poupar o governo Dilma que claramente negocia com a velha direita, para aplicar o ajuste fiscal e da mesma forma que mantém o aborto ilegal ao longo destes 13 anos, fazendo com que as demandas das mulheres sejam pouco a pouco canalizadas e diluídas em defesa do governo.
A questão fundamental é explicar como isso de fato ocorre em Caxias. Temos dois atos chamados, porém um ato que na contra-mão de uma alternativa operária e de esquerda, o PSOL que está na frente povo sem medo (unidade com os setores governistas, como CUT,CTB, UJS e UNE) chama um ato para o dia 11 e no outro flanco com mesma data e local, temos a MMM (Marcha Mundial das Mulheres) chamando um ato unificando a unidade governista da Frente Povo Sem Medo.
Apesar do ato chamado pela frente povo sem medo a nível nacional, fazer referência ao ajuste fiscal, sabemos que isso são apenas palavras ao vento, já que constroem unidade com aqueles defensores do ajuste. Do outro lado e junto, temos a MMM que sequer faz menção ao ajuste fiscal e que busca se apoderar da justa luta das mulheres contra Cunha e o PL 5069.
Por isso, são dois caminhos, mas que convergem para uma só postura que é de blindar o governo Dilma, afastando o governo do PT de qualquer relação com Cunha, da mesma forma que o ajuste fiscal vira apenas uma fraseologia solta em relação às lutas do conjunto da classe trabalhadora, das mulheres e da juventude, pois tudo isso gira em torno das alianças, onde por final os ataques a todas as minorias, continuarão serem aplicadas pelo congresso reacionário e o governo Dilma.
Por isso torna-se necessário criar realmente uma terceira alternativa no país que consiga enfrentar de forma efetiva dentro de uma proposta operária e revolucionária contra os setores da direita reacionária, do GOVERNISMO e do reformismo do Psol que serve com sua frente povo sem medo, mesmo que faça criticas pontuais ao governo Dilma, como correia de transmissão do governismo.