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INTIMIDAÇÃO E IMPUNIDADE | Paulinho da Força, braço direito de Cunha, tenta intimidar Chico Alencar do PSOL

sexta-feira 30 de outubro de 2015 | 00:00

Foto: Laycer Tomaz / Divulgação,Câmara dos Deputados

Um dos aliados mais fiéis do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), o presidente do Solidariedade, deputado Paulinho da Força (SP), apresentou nesta quinta-feira representação ao Conselho de Ética da Casa contra o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), um dos principais críticos ao peemedebista. A representação de Paulinho ocorre um dia após a representação feita por Alencar contra Cunha ser devolvida pela Mesa Diretora ao Conselho de Ética para que tenha início o processo.

Na representação contra o líder do PSOL, Paulinho da Força acusa Chico Alencar de "uso do erário da Câmara dos Deputados para fins eleitorais" por ter parte de sua campanha financiada por funcionários de seu gabinete, e diz que o deputado usou notas frias para ser reembolsado pela Câmara.

Um notório pelego, cheio de acusações de corrupção acusa

Paulinho da Força Sindical foi dirigente desta central sindical por muitos anos. Destacou a central sindical por acordos legais e espúrios com as empresas em meio à ofensiva neoliberal atacando os direitos dos trabalhadores. Recentemente vieram à tona muitíssimas denúncias de corrupção deste sindicalista-deputado, ele é alvo de processo no Supremo Tribunal Federal (STF) por desvio de recursos do BNDES.

Segundo o acusador de elevada moral, "o relatório do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aponta claramente que mais de um terço do montante declarado pela contabilidade da campanha do representado (Chico Alencar), cerca de R$ 67.025,00, foi doado por apenas sete pessoas, justamente seus assessores", diz a representação. "Há evidências do uso do erário da Câmara dos Deputados para fins eleitorais".

No caso de uso de notas frias, Paulinho diz que Alencar "omitiu informações" ao Ministério Público Federal (MPF) "a fim de ensejar o arquivamento do procedimento". A documentação, segundo Paulinho, foi encaminhada também a ele. "Incorre, no presente momento, em nova violação ética ao tentar ludibriar o ora denunciante (Paulinho) com as mesmas mentiras endereçadas ao MPF e que gerou o indevido arquivamento", afirma o documento.
Frente às acusações de Cunha, Chico Alencar acusa tentativa de silenciamento por Cunha

Alencar negou as acusações e fez críticas a Paulinho. Disse que a representação trata-se de uma "manobra evidente de que (Paulinho) foi orientado por Eduardo Cunha".

Em entrevista ao jornal Estado de São Paulo o deputado carioca afirmou, “trata-se de um "Paulinho Mandado" para criar cortina de fumaça — disse Alencar, em alusão à expressão "pau mandado" atribuída pelo doleiro Alberto Youssef ao então deputado Celso Pansera (PMDB-RJ), aliado de Cunha e hoje titular do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Segundo post feito pelo deputado do PSOL em sua facebook o processo recalentado por Paulinho da Força foi arquivado pelo Ministério Público que teria atestado sua boa fé.

Cunha, e o bullying como instrumento da política

Eduardo Cunha tem se especializado em ser um agressivo adversário do governo. Agora sob fogo está ameaçando tanto o governo como a oposição em uma chantagem permanente se ele dará prosseguimento ao pedido de impeachment, deixando ambos rendidos e a sua disposição, sem poder se livrar dele nem tendo alguma alternativa fora contar com este instável deputado.
A novidade inaugurada hoje com a pressão sobre Chico Alencar é a tentativa de tentar calar deputados que estão dando andamento ao processo de sua cassação por ter mentido em CPI sobre suas contas na Suíça.

Eduardo Cunha em meio à crise política, a um PT enfraquecido, um governo Dilma sob ameaças constantes de impeachment, sem popularidade devido aos ajustes e seu estelionato eleitoral, combinado a um PSDB que não consegue impor uma nova hegemonia, emerge como um gigante em meio ao rabo preso e diminuição de todos os outros. Neste cenário que todos encolheram, ele pareceu se erguer. E nisto ele inaugura uma figura na política nacional, o bullying parlamentar.

Este estrangeirismo, o bullying, é usado para descrever os comportamentos agressivos de uma pessoa sobre outras que ficam intimidadas por ela, tirando proveito disso. Esta palavra descreve desde o menino agressivo que intimida seus colegas na escola, os humilha e assim chama atenção e rouba merenda à agora uma chantagem para manter seu cargo e privilégios, não só como parlamentar mas para nomear intermináveis cargos na República e assim conseguir por vias legais e ilegais engordar suas contas Suíças.

Esquerda Diário / Agência Estado


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