No dia de ontem (01), o presidente almoçou com mais de 60 parlamentares da bancada ruralista. O resultado veio pouco tempo depois com a medida provisória que perdoou as dívidas na Previdência dos ruralistas. Enquanto para os trabalhadores, o discurso do governo é que não há espaço para o mínimo de concessão na reforma da previdência, o presidente abriu essa absurda concessão para a bancada ruralista, demonstrando que mais importante do que qualquer coerência, vale tudo para salvar seu pescoço.
quarta-feira 2 de agosto de 2017 | Edição do dia
Para barrar a denúncia por corrupção passiva contra ele, Temer têm se valido de todas as ferramentas à sua disposição. Desde que o processo foi para a Casa de Constituição e Justiça da Câmara, o presidente já utilizou diversos métodos, como: aantecipação de bilhões das emendas para os parlamentares, a troca de cargos, retaliação com a perda de cargos.
Entretanto, o último recurso empregado por ele expõe todo o desespero de sua parte. No dia de ontem (01), o presidente almoçou com mais de 60 parlamentares da bancada ruralista. O resultado do encontro veio pouco tempo depois por meio de uma Medida Provisória que concedeu aos ruralistas o perdão de dívidas na Previdência. A medida ficou conhecida como Refis do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).
As reformas, trabalhista e da previdência, são não só o carro chefe da agenda política de Temer, como a sua razão de existência. Parte da defesa de Temer, inclusive, é mostrar serviço para a burguesia se escorando numa pretensa recuperação da economia, feita a partir da aprovação de suas reformas – a reforma da Previdência ainda irá para votação.
Enquanto para os trabalhadores, o discurso do governo é que não há espaço para o mínimo de concessão na reforma da previdência, o presidente abriu essa absurda concessão para a bancada ruralista, demonstrando que mais importante do que qualquer coerência, vale tudo para salvar seu pescoço
