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29M | PT tenta desmontar atos do 29M, não aceitaremos! Todos às ruas com segurança sanitária

Já se iniciam pela manhã as manifestações deste 29 de Maio, dia de luta contra Bolsonaro, o corte bilionário na educação, que ameaça fechar universidades federais, e inúmeros ataques anunciados como as reformas e privatizações. Enquanto a juventude no país inteiro durante todo o dia e até mesmo internacionalmente vão às ruas, em Alagoas, na Bahia e no Rio de Janeiro, o PT agita uma desarticulação desonesta da mobilização, com a desculpa da segurança sanitária. Para vingar as mais de 450 mil mortes por covid, que se somam aos dados alarmantes de desemprego e fome, contra os cortes de Bolsonaro, da Câmara e do Senado, tomemos as ruas com todas as medidas sanitárias!

sábado 29 de maio de 2021 | Edição do dia

Nacionalmente, a juventude está expressando buscar fazer algo diante da situação de crise em que estamos. Muitos estudantes, como se expressou em diversas assembleias de universidades federais, contando com articulação de universidades estaduais, sentem que é necessário tomar as ruas em um país com 20 milhões de pessoas na fome e 460 mil mortes de covid, com um governo negacionista de Bolsonaro e um regime político que não para de fazer novos ataques, pela via do parlamento ou do STF, como a aprovação da Lei Orçamentária Anual de Bolsonaro, aprovada pela Câmara e pelo Senado golpistas, que corta bilhões de reais de verba para a educação e ameaça fechar universidades como a UFRJ no próximo semestre.

Mas o PT, que já vinha com uma política de dividir a força dos trabalhadores da força dos estudantes, fez postagens absurdas no perfil do partido de Alagoas e da Bahia, agitando a desarticulação desse dia fundamental de luta, inclusive em estado em que uma universidade federal, a UFBA, já anuncia possibilidade de fechamento em curto prazo.

Veja também: UFBA é mais uma universidade federal que pode fechar devido aos cortes do governo federal

A isso, também se somou a matéria do vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, do Rio de Janeiro, que utilizou de discurso trapaceiro, dizendo: “Não pode ser que a esquerda vai dar de braços a Bolsonaro, para sair às ruas pisoteando o túmulo de mais de 450 mil mortos”. Em relação a Quaquá, vale lembrar que articulou as alianças com bolsonaristas de Belford Roxo e Duque de Caxias nas eleições municipais de 2020. E também que a desarticulação do PT vinha acontecendo já com a CUT, central sindical que dirige, chamando manifestação simbólica no dia 26, ao invés de chamar com a maior unidade possível para o dia 29. Inclusive, em São Paulo, em um dos maiores sindicatos da América Latina, a Apeoesp, dirigida pelo PT, está orientando apenas os professores vacinados a irem aos atos, enquanto a categoria tem que trabalhar todos os dias nas escolas, sem vacina. É uma política traidora que não corresponde à disposição que a juventude brasileira demonstra, se contagiando com os ares da Colômbia, em que a população diz: “quando o povo sai nas ruas em meio a pandemia, é porque o governo é mais perigoso que o vírus”. Fazem isso para acalmar os ânimos que possam se desenvolver em embates mais profundos da luta de classes, para não colocar em xeque a eleição de Lula em 2022, enquanto ele se reúne com figuras como FHC, Kassab e Sarney. A luta é hoje, aqui e agora e precisa ser articulada.

A responsabilidade pelas mortes por covid é de Bolsonaro e também dos governadores. No Alagoas, estado governado por Renan Filho (MDB), as mortes são mais de 4000, que também demonstra a farsa da CPI da Covid, defendida por seu pai, Renan Calheiros (MDB). A segurança sanitária que argumenta o PT para a desarticulação dos atos é demagógica, porque em estados que governa, com a Bahia, Rui Costa manteve funcionando indústria, call centers e inclusive as Igrejas, para não tocar nos lucros dos empresários e continuar beneficiando pastores.

Por isso, fazemos um chamado para todos tomarmos as ruas no país com toda segurança sanitária possível, assim como exigimos da CUT, e também da CTB, dirigida pelo PCdoB, e da União Nacional dos Estudantes (UNE), maior entidade estudantil do país, dirigida pela UJS (juventude do PCdoB), pela juventude do PT e pelo Levante Popular da Juventude, que rompam com o divisionismo entre trabalhadores e estudantes, para realizar assembleias em cada local de estudo e trabalho para organizar um plano de luta real contra os cortes, as privatizações e as reformas.

É um absurdo o que está fazendo o PSOL em alguns dos seus diretórios, como Pernanbumco, junto ao Diretório Central dos Estudantes da UPE, que decidiram, numa postura inaceitável, publicar notas em plena sexta a noite orientando aos estudantes a não irem no ato, pressionados por uma ameaça do Judiciário no estado.

Não podemos aceitar nenhum tipo de chantagem e cair na passividade na espera das eleições de 2022. Todos os estudantes da base que discutiram nos cursos, em assembleias e mesmo que se auto-organizaram para ser parte dos atos nacionais onde a juventude pode começar a mostrar outro caminho, não podem ceder a pressões. Hoje, temos que tomar as ruas na perspectiva de unir trabalhadores e estudantes contra os cortes, as privatizações e as reformas! Contra os cortes, as reformas e privatizações! Fora Bolsonaro, Mourão e militares!




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