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8M - MULHERES TRABALHADORAS | PRIMEIRA VITÓRIA: JBS é condenada a pagar indenização por demissão ilegal da operária Andreia Pires

#8M de vitória para as operárias. A empresa pode recorrer da condenação, que reconhece a ilegalidade da demissão e impõe a indenização. A batalha pela reintegração segue.

quinta-feira 8 de março de 2018 | 13:48

A campeã de processos trabalhistas e denúncias no Ministério do Trabalho e centro dos escândalos de corrupção no Brasil, a JBS, sofreu uma importante derrota no Tribunal Regional do Trabalhos de São Paulo. Foi condenada a pagar indenização correspondente ao período de estabilidade da operária Andreia Pires, demitida em janeiro de 2015.

Já são 3 anos de luta pela reintegração imediata de Andréia, que simboliza a situação dos trabalhadores da indústria alimentícia no Brasil que sofrem com as péssimas condições de trabalho, falta de equipamentos de segurança, extenuantes jornadas e todo o assédio por parte das chefias, além de perseguição política no caso dos representantes dos trabalhadores como era o caso de Andreia, que tinha inclusive estabilidade da CIPA quando foi demitida ilegalmente.

Sobre o resultado deste julgamento, Diana Assunção, diretora de base do Sindicato dos Trabalhadores da USP que vem acompanhando nestes três anos a batalha pela reintegração de Andreia, declarou "Consideramos uma importante vitória em nossa batalha! Ainda não é a vitória final porque sabemos que a empresa deve recorrer frente a sua derrota e também porque lutamos não somente pela indenização, mas para que Andréia possa ter seu emprego de volta. Mas que a justiça reconheça a ilegalidade da demissão por justa causa de Andreia, entendendo portanto como uma perseguição política, fortalece a luta pela reintegração de Andreia bem como a luta de todas operárias e operários que sofrem com a ditadura patronal nas fábricas".

Andréia Pires também falou com o Esquerda Diário "Foi muito importante a mobilização nestes três anos onde contei com o forte apoio de mulheres, estudantes, trabalhadores de outras categorias, do Sindicato dos Trabalhadores da USP. Me senti mais forte pra enfrentar esta dificuldade e quero que minha luta possa fortalecer a luta de outros operários e operárias".




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