A Polícia Militar do Rio de Janeiro fez um evento supostamente para "comemorar" o dia das crianças, fazendo chacota das dezenas de crianças que morreram ou por suas próprias mãos, ou pelas mãos da polícia civil, como Ágatha Félix e João Pedro, nos últimos anos.
quinta-feira 13 de outubro de 2022 | Edição do dia
Crianças dentro de uma viatura preta da PM são chamadas por um policial, que está "comandando a operação". O militar bate forte na porta do veículo e aos gritos dia: "Bora! Acionou! Bora!". Em seguida, ele abre a porta da viatura e as crianças aparecem com parte do uniforme original da PM e as réplicas das armas nas mãos. Ao som da sirene, elas saem do carro e recebem "instruções" dos militares que estão ao lado de fora. Um cena nojenta.
@PMERJ faz programação especial para o Dia das Crianças no Centro de Educação Física e Desportos.
As atividades estão divididas em música, gincana, entre outras atrações que prometem agitar a criançada.
Para garantir o sucesso da missão, convocamos agentes especiais: assistam! pic.twitter.com/wtvLXMMV8m— @pmerj (@PMERJ) October 12, 2022
A Polícia Militar de Castro, herdeiro de Witzel, é responsável pelas chacinas de Jacarezinho, da Vila Cruzeiro, e mais recentemente por várias mortes por operação no Complexo da Maré.
É essa mesma polícia, assim como a polícia civil, que arrancou a infância e futuro de Ágatha Félix, de João Pedro, e também tirou a vida da futura mãe Kathlen Romeu, assassinada com um tiro grávida.
Nesse dia das crianças, lembro dos hipocritas que dizem que são pró vida contra o aborto mas amam as operações assassinas das polícias nas favelas. Pelo direito à maternidade para as mães pobres, trabalhadoras, negras. Pelo direito ao aborto para decidir sobre nosso próprio corpo
— Leticia Parks | 1655 | 16555 (@letparks) October 12, 2022
Nesse dia das crianças, basta de morrer pelas balas da polícia! Não vamos aceitar que arranquem o direito ao futuro, que o fazem não somente matando, mas também encarcerando a juventude negra, que é majoritariamente mantida pelo judiciário racista presa sem julgamento.
Essa é a política reacionária de Cláudio Castro, que continua a política de Wilson Witzel. Cláudio Castro é o representante da extrema direita no estado, junto a Bolsonaro, a mesma que odeia os trabalhadores, os negros, as mulheres e os LGBT’s. Fazendo jus a esse apoio, Castro é apoiado por prefeitos, deputados e vereadores que são conhecidos pelas relações com milícias.
Para derrotá-los, é urgente a organização dos trabalhadores, com um programa sem conciliação com a direita e com os patrões, muito diferente do que faz Freixo. E como faz Lula e o PT, agora com Alckmin, promotor do massacre de Pinheirinho. Por isso, é necessário lutar pelo fim das operações policiais, pelo fim da impunidade aos policiais e dos tribunais militares, assim como pelo fim da polícia assassina!