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ÀS VÉSPERAS DA CÚPULA DO CLIMA | Novo chefe da PF troca chefe no Amazonas após ele pedir investigação contra Salles

Novo diretor-geral da Polícia Federal, Paulo Maiurino, mal chegou ao cargo e já está abrindo a porteira para a boiada passar.

quinta-feira 15 de abril de 2021 | Edição do dia

Uma de suas primeiras medidas foi tirar o chefe da PF no Amazonas, Alexandre Saraiva, que recentemente pediu investigação contra Ricardo Salles e, em entrevista para a Folha de S. Paulo, afirmou que “na Polícia Federal não vai passar a boiada”.

Novo diretor-geral da PF já dá mostras de sua subserviência bovina ao presidente Bolsonaro. Logo após sua nomeação, Maiurino recebeu ordens do chefe maior de reabrir investigação para encontrar suposto mandante da facada de 2018. Quem escolheu Maiurino para o cargo foi o recém nomeado ministro da Justiça, Anderson Torres, cidadão de bem que já foi acusado de sequestro e tortura anos atrás.

A decisão de retirar o chefe da PF do Amazonas vai no sentido de manter Ricardo Salles no cargo, apesar da enorme pressão para sua saída. Desde que adentrou o ministério do meio-ambiente, Salles acumula barbaridades que vão desde os desmatamentos criminosos na Amazônia e no centro-oeste, beneficiando garimpeiros e latifundiários, até a privatização de parques espalhados pelo país.

Decisão ocorre na mesma semana em que Bolsonaro envia carta cínica a Biden dizendo que vai acabar com os desmatamentos ilegais até 2030 – promessa que só será cumprida se liberar totalmente a legislação brasileira para transformar a floresta amazônica e o cerrado em um enorme playground do agronegócio predatório. Às vésperas da cúpula do clima, Bolsonaro sinaliza, portanto, que fica com Salles “até que a morte os separe”.




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