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MISÉRIA CAPITALISTA | Moradores de favela realizam, em média, menos de duas refeições por dia durante pandemia

Pesquisa escancara os pilares da sociedade capitalista no Brasil, que se sustenta através da fome e da miséria de mais de 16 milhões de brasileiros que moram nas favelas no Brasil. Enquanto que os capitalistas do agronegócio se enriquecem mais do que nunca, tendo lucros bilionários, através do encarecimento do preço dos alimentos e da concessão de empréstimos bilionários por Paulo Guedes e Bolsonaro.

terça-feira 16 de março de 2021 | Edição do dia

Foto: Mario Tama/Getty Images

A pesquisa "A favela e a fome", realizada pelo Instituto Locomotiva, em parceria com Data Favela e Cufa, entrevistou cerca de 2 mil moradores de 76 favelas de todo o Brasil na segunda semana de fevereiro.

A pesquisa divulgou números escandalosos que denunciam a podridão do sistema capitalista que se sustenta através da desigualdade social e racial no Brasil, mostrando que 8 em cada 10 famílias nas favelas dependem de doações; 7 em cada 10 (68%) afirmam que sua alimentação piorou na pandemia.

Há uma média de menos de duas refeições por dia na vida dessas famílias (1,9), o que passa longe do básico para se ter uma vida saudável. 68% afirmam que, nos últimos 15 dias, em ao menos um dia faltou dinheiro para comprar comida. 71% das famílias estão sobrevivendo com menos da metade da renda que tinham antes da pandemia.

Com o fim do auxílio emergencial, 67% precisarão cortar despesas básicas - como comida (53%), limpeza (45%) e atrasar contas (61%). 93% dizem não ter nenhum dinheiro guardado. 97% dos moradores de favela não tem plano de saúde.

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No entanto, para os capitalistas do agronegócio, durante a pandemia os lucros só vem aumentando. Segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o preço da saca de 50kg de arroz se valorizou em cerca de 220%, quando medido em reais, e de 164%, quando medido em dólares, no período entre 30 de dezembro de 2019 e 21 de setembro de 2020, acompanhado de aumentos milionários dos lucros de empresas desse setor.

Além disso, o agronegócio recebeu R$54,7 bilhões de investimentos por via do Banco do Brasil, sendo um ataque de Paulo Guedes e Bolsonaro à classe trabalhadora em conluio com os interesses dos capitalistas.

Essa é a situação em que se encontra os mais de 16 milhões de brasileiros que moram em favelas no Brasil. Enquanto há regiões do Brasil onde o preço da cesta básica chega aos R$626,25, é um absurdo a atitude de Bolsonaro e Guedes de concederem um auxílio-emergencial que varia entre R$150,00 à R$375,00.

Para o exército Bolsonaro gasta milhões com leite condensado, bonecos rambo, bicicletas triátlon e toda uma série de regalias desnecessárias, como se estivesse rindo da cara do povo pobre e trabalhador brasileiro. E para essa população trabalhadora, majoritariamente negra, Bolsonaro concede um auxílio que não banca nem metade da cesta básica. Essa é a realidade da população negra e pobre no Brasil, que é a que mais sofre com o desemprego, a fome, o déficit habitacional, a violência policial, sendo a parcela da população que é a menos vacinada, e que por consequência de tudo isso é a que mais vem morrendo por COVID-19.

São milhares de famílias trabalhadoras em sua maioria negra que o governo Bolsonaro, mas também que golpistas e o judiciário, sem nenhum comoção, empurram pra miséria e pra fome. Escancaram, dessa forma, a face racista desse regime e do sistema capitalista.

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