terça-feira 11 de setembro de 2018 | Edição do dia
"*Dos muitos motivos pelos quais a esquerda se fragmenta, pode-se citar um que é uma das grandes falhas, o foco no mérito da vida acadêmica e o esquecimento das vivências sociais.
Muito se tem brigado dentro da esquerda para entender qual corrente ideológica é a mais importante, quando na verdade, o mais importante é o trabalhador e este fica de fora do debate muitas vezes por prendermos o debates dentro dos centros acadêmicos e a revolução se tornar beber bebida barata reunido de amigos e assim, se perde o discurso.
A academia tem papel fundamental dentro da construção, mas parte da esquerda acadêmica se perde no discurso ao pedir que quem queira participar do debate tenha diplomação, e é necessário voltar para uma discussão antiga e dar um ponto final. A discussão sobre o que é mais importante, prática ou teoria? Ambos! A academia tem muito para oferecer mas esquecer dos saberes populares é enterrar todo o discurso social.
Para refletir com profundidade sobre essa temática precisa-se falar sobre acesso as universidades, sobre condições econômica e sobre a formação do nosso discurso, mas de forma leve e rápida, podemos estacionar a cabeça longe de tudo e pensar, cobrar um diploma de um militante é ser justo com o discurso que foi apresentado?
As reflexões são muitas, a maior delas não pode ser pensar no que temos de diferentes e sim, no que temos de identificação para então pensarmos em unir lutas."
*Tribuna Aberta é uma coluna especial do Esquerda Diário disponível para trabalhadores e a juventude divulgarem seus relatos, artigos, denúncias e expressões artísticas livremente. Não necessariamente expressam a opinião do ED.
